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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ISLÂNDIA - ICELAND


À VOLTA DO VATNAJOKULL E OS FIORDES

31 de Maio a 2 de Junho



Depois do EYJAFJALLAJOKULL começámos a contornar o maior glaciar da Islândia, o VATNAJOKULL, com 8000 quilómetros quadrados. Até nós, e perto da estrada, chegam algumas das suas línguas

cada uma delas com nome estranho.

Às 13h estávamos no Sólheimajokull

uma dessas línguas onde, no meio da areia 
negra-negra, o glaciar formou o seu lago, 
na sua retirada. É um pouco assustador imaginar onde estariam as suas margens brancas há poucos anos atrás...

Almoçámos no pequeno café junto do parque de estacionamento, onde éramos os únicos clientes.
As quintinhas familiares 
com a sua igrejinha e o cemitério, 
são a imagem típica do povoamento na Islândia.

Parámos em VÍK Í MIRDAL
famosa pela sua praia de areia negra 
onde foram feitos muitos filmes musicais. Do meio das águas, surgem as Reynisdangar
as únicas colunas de basalto que emergem do oceano.
De novo na estrada, fomos surpreendidos pela estranha paisagem de eldhraun,


traduzida como fogo de lava, provocada por um grande fluxo de lava que ocorreu em 1783 e que levou o governo dinamarquês (que na altura governava a Ilha), a considerar o país inabitável!

Perto, Kirkjubaejarklaustur,
o belo local aos pés de duas cascatas gémeas onde monjas irlandesas fundaram um convento, em 1186.
As cascatas continuam a acompanhar-nos, fustigadas pelo vento, 

bem como as línguas do Vatnajokull.

E outras invulgares paisagens.


Ainda fizemos uma visita rápida ao SKAFTAFELL NATIONAL PARK, ao fim do dia. 

É o maior parque da Islândia, com 5000 quilómetros quadrados, com atracções naturais espectaculares desde luxuriante vegetação,
glaciares 
e cascatas 

até a uma grande variedade de aves.

Dormimos no "Foss Hotel Skaftafell" e, no dia seguinte, ainda caminhámos até à Hundafoss. 
Por caminhos pedregosos, 

atravessando o rio, 

maravilhámo-nos com a Svartifoss, com as negras colunas de basalto no buraco contornado por tons verdes e amarelos. 

As colunas de basalto

fazem lembrar a Calçada dos Gigantes na Irlanda

(a sua formação geológica é a mesma...). A caminhada, sob o sol, despertou a sede, saciada com a fresca água glaciar.

Metemo-nos de novo à estrada e, num campo verde, na base da montanha que se adivinha fustigada em tempo recente pelo cataclismo do vulcão, com as ovelhas brancas em primeiro plano, surge Sandfell
Aqui viveu a única mulher entre os colonos, Thorgerdur, que tomou propriedade para cultivar. 
O portão branco 
marca o local onde existia a igreja. E a pedra erecta, é um monumento à pastora.

Até Jokulsárlon, fomos continuando a ver várias línguas do Vatnajokull 

e montanhas com neve.

JOKULSÁRLON 
é o maior lago glaciar do Vatnajokull. Só em 1974 teve estrada asfaltada, possibilitando as visitas dos turistas. Aqui foram filmados dois "James Bond" ("A View to a Kill" e "Die  Another Day"), "Tomb Raider" e "Batman Begins". Começámos por vê-lo da encosta que estabelece uma barreira para a Estrada 1. 

Montículos de pedras e as silhuetas dos meus companheiros recortam-se na paisagem...

Mais à frente, almoçámos no Tourist Center e marcámos o passeio no anfíbio, 
por entre as formas bizarras e belíssimas dos blocos de gelo.





Voltámos à estrada e à paisagem estonteante.

Hofn
pequena cidadezinha piscatória de 1706 pessoas, numa lagoa entre o oceano Atlântico e o glaciar Vatnajokull,  mereceu uma visita rápida.

Até Djúpivogur, a paisagem vai mudando, espantosa: fiordes, montanhas, gelo e planícies.


Búlandstindur, a montanha em forma de uma pirâmide, 
segue-nos desde o fiorde Beruf até DJÚPIVOGUR
a cidadezinha onde vamos dormir e da qual é um símbolo místico.
No "Hotel Framtid" jantámos, 
demos um passeio a pé, ao pôr-do-sol da meia-noite,



fotografámos o museu Langabud 
e as estranhas esculturas com ossos de alces.

E a noite não chega!

Na manhã seguinte despedimo-nos de Djúpivogur 
e fomos fotografar, na Merry Bay, a escultura "Eggin í Glendivik" de Sigurdur Gudmursson, 34 ovos de granito polido representando cada um uma espécie de ave do país. O ovo maior representa a ave desta região.

Continuámos a contornar os fiordes.

A neve acompanhou-nos, 

depois, até Egilsstadir, 

no vale Fljótsdalshérad, a principal a cidade do leste da Islândia, mas demasiado jovem para ser interessante. Estabeleceu-se apenas em 1947 e foi lugar de uma antiga assembleia e de execução de criminosos.
Voltámos a subir, a montanha vestiu-se, de novo, de neve e gelo
e dum manto de denso nevoeiro até voltarmos a descer para SEYDISFJORDUR

o porto mais próximo das ilhas Faeroe e da Europa, que cresceu no início do séc.XX quando se tornou o centro de pescas da Noruega, com processamento industrial do arenque.
Toda a arquitectura é de estilo norueguês, 
com casas bem recuperadas e outras em via disso. 

Sobressai a bela igreja azul.

Semanalmente, partem os ferries para a Europa.
O almoço foi ao som de boa música irlandesa, no simpático "Kaffi Lára": uma muito boa sopa de peixe ("soup to the bay").

Regressámos pelo mesmo trajecto 
e seguimos a indicação Dettifoss, no Parque Jokulsárgljútur.
É o início da época turística e esta zona ainda está com pouco apoio. A neve invadia o parque de estacionamento e as indicações até à catarata são pouco esclarecedoras, 
apontando para o manto de neve riscado por um estreito carreiro pisado por alguém! 

A camada de neve não teria mais do que 20cm, mas desconhecíamos o que poderia estar por baixo. 

Seguimos, por isso, o carreiro, bem contra a vontade do Ricardo que ainda arriscou um atalho, mas voltou atrás!
A uns 700m, a placa: Dettifoss para um lado e Selfoss para o outro.

A Selfoss
rodeada de neve, arrastava águas acastanhadas mas que não lhe tiravam a beleza.

A Dettifoss 
é mais espectacular. Flui do glaciar Vatnajokull, tem 100m de largura e cai de 44m de altura. Com um caudal de 200 a 500 metros cúbicos por segundo, faz-nos sentir pequeninos.


Íamos dormir num hotel-quinta junto do lago Myvatn e foi para lá que nos dirigimos.

E ainda nos esperam outras aventuras!


* * * 

10 comentários:

São Rosas disse...

Magnífico!
(ainda estou de boca aberta)

Bia Braune disse...

Ouvi dizer que Alfredo montou em uns três icebergues para capturar alguns ângulos inéditos, é verdade? Por sorte o seguro de viagem cobria acidentes causados por fotos embasbacantes.

Isabel Saraiva disse...

Como sempre...adorei! Beijinhos

Susana Dourado disse...

Boa noite Alfredo & Daisy.
Obrigado por partilharem as vossas viagens.
Bjs Susana

cota13 disse...

ASSUNTO.
Obrigado.
Tonito.

DOM RAFAEL O CASTELÃO disse...

Tudo bem observado e com calma!
Abraço e beijo

Dora Viana disse...

Por momentos quase senti que lá estive... Parabéns Alfredo Moreirinhas, grandes fotos, grande dedicação, grandes espíritos... beijos aos dois e obrigada por esta viagem

Maria Julia disse...



Deliciosa viagem, entre fiordes, cascatas, glaciares, lagos e a minha especial preferência, para VIK Í Mirdal, não por ser de areia negra, que detesto e conheço de Tenerife, mas tão só, por ser praia! :)
Goste mesmo de tudo, mas e o que vos deram de almoço, naquele "restaurante"? Gelados???


Obrigada Alf e Daisy.


Beijinhos.

olinda Rafael disse...

Até agora é um mimo viajar em locais tão lindos em paisagem...

Maria Helena Rocha disse...

Queridos amigos
adorei esta vossa viagem e a sensibilidade como nos foi transmitida foi como sempre excepcional.
Para mim traduziu-me num silêncio especial / numa oração de sábios em que cada suspiro parece um momento eterno... momentos de deslumbramento , de contemplação do belo...
OBRIGADA OBRIGADA
um abraço aos dois muito apertado Lena