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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

DUBAI e ABU DHABI



21 a 24 Novembro 2013



Os Emiratos Árabes Unidos (EAU) são, desde 1971, uma confederação de 7 monarquias árabes com grande autonomia, situados na extremidade oriental da Península Arábica, entre o Golfo Pérsico e o Golfo de Oman e o seu extraordinário desenvolvimento deve-se à riqueza natural do petróleo descoberto nos anos 60 do século XX. A capital é em Abu Dhabi que, por sua vez também é um emirato, juntamente com o Dubai, Sharjah, Ajman, Umm, Al-Qaiwain, Rás al-Khaimah e Fujeirah.


Foi a primeira vez que viajámos com a Emirates Airlines e ficámos agradavelmente surpreendidos com a eficiência da assistência prestada aos passageiros de primeira classe e executiva: transporte da residência (desde que a menos de 60km) para o aeroporto e vice-versa e, também, transferes para os hotéis e acompanhamento no aeroporto até aos balcões do check-in.



Numa breve história, o Dubai aparece a partir da Família Maktoum que se instalou no Dubai Creek, em 1833, no local que estrategicamente era importante para trocas comerciais, pesca, estaleiro e comércio de pérolas. Mas há vestígios de presença humana de há mais de 4000 anos, em achados arqueológicos que incluem moedas e artefactos de cerâmica.

A parte final do voo de mais de 8h, Lisboa-Dubai, foi um pouco dramática, com muitos relâmpagos e o congestionamento de tráfego no aeroporto que motivou um atraso de cerca de uma hora.
Escolhemos um hotel perto do aeroporto por causa da hora tardia da chegada, para podermos descansar mais. Pareceu-nos ouvir o comandante dizer que chovia, mas julgámos ter percebido mal. Mas não: estava, mesmo, a chover no Dubai!

Negociámos um city tour, no balcão da agência de viagens do hotel.
A primeira paragem foi no Dubai Creek

o canal de água salgada que se transformou de porto de pesca em grande marina ladeada pelas altas torres, num cenário surreal onde não faltou o céu negro a ameaçar chuva.

Depois, Jumeirah, à beira da praia, com belas residências de arquitectura diferente, 

passando pelas torres que lembram os ancestrais, na chamada Al Bastakiya

onde se pretende preservar algo do passado. O nome vem de Bastak, região do Irão de onde migraram os residentes, em 1859.
O Burj Khalifa aparece aqui e ali, com o pináculo nas nuvens. 

A ameaça concretiza-se e somos apanhados pela chuvada que alaga as ruas impreparadas para o fenómeno!

A Mesquita Jumeirah é uma das mais belas mesquitas do Dubai, 
exemplo de uma arquitectura medieval Famitid com materiais modernos. Dois minaretes gémeos ladeiam a cúpula maior, 

em pedra branca com intrincados e belos desenhos que também enfeitam as paredes exteriores. 

Foi à sua entrada que um velho sheik, respeitosamente apoiado por um jovem, se dirigiu a nós, cumprimentando-nos e dizendo-nos sermos afortunados porque trouxemos chuva!
A chuva voltou 

e não nos atrevemos a pisar as areias da Jumeirah Beach.

Outras mesquitas 

e o Burj Khalifa 

acompanharam-nos até ao Burj Al Arab
que foi o primeiro edifício emblemático do Dubai. Com a forma de uma vela de barco, com 321m de altura, foi construído numa ilha artificial na Jumeirah Beach, mostrando a opulência árabe, com uma frota de rolls-royces disponível para os hóspedes.
Ao lado, o Wild Wadi, o parque aquático.

A caminho da Palm Tree, passámos num túnel sob as águas 
para desembocarmos junto do monumental Atlantis The Palm
a coroa de glória da Palmeira, localizado no topo do Crescente. O hotel tem 1539 quartos, um aquário com 65000 animais marinhos, parque aquático e outras extravagâncias inimagináveis. Mas o estranho, mesmo, é sabermo-nos "dentro" da Palmeira, sem ter a noção da mesma!
De novo no meio dos arranha-céus, 
a caminho da downtown, para ver o actual ícone do Dubai: o Burj Khalifa
 

É o mais alto edifício do Mundo, com os seus 828m de altura e com uma arquitectura extraordinária inspirada na flor do deserto Hymenocallis

Com 57 elevadores, engloba o "Armani Hotel" e um piso de observação no nível 124, muito procurado, necessitando de uma pré-marcação de três dias, o que nos impossibilitou a visita.
Mas a própria estrutura exterior, com a zona envolvente, chega para impressionar.

Passava um pouco das 3h da tarde quando almoçámos, já no hotel, onde o restaurante está disponível 24h por dia e tem comida italiana.
De novo no balcão das viagens, negociámos a ida à downtown, porque o Metro é uma confusão, a cidade é muito grande e perderíamos muito tempo nos transportes públicos.
É sexta-feira e os souks só abrem à noite e ficam muito distantes da downtown, o que nos levou a prescindir da sua visita.
Por 15 euros, o condutor deixou-nos no Dubai Mall e combinámos o regresso por 30 euros.

O Dubai Mall 
fica adjacente ao Burj Khalifa e ocupa uma área correspondente a cerca de 50 estádios de futebol. Engloba o Dubai Aquarium, o Underwater Zoo,
além de um ringue de patinagem no gelo com dimensões olímpicas, lojas de todas as marcas internacionais e muita, muita gente. Caminhando até ao Burj Khalifa Mall, damo-nos conta da verdadeira babilónia onde estamos inseridos: gente de todas as raças e com as mais variadas vestimentas, desde as mulheres completamente tapadas por tecidos negros até ao turista de shorts e chinelo de dedo.
De noite, o Burj Khalifa não perde a beleza. 

E a Dubai Fountain 
brindou-nos com um espectáculo de luz e água que, confesso, me decepcionou. 
Mas as coreografias e as músicas são várias, como vim a saber mais tarde... e talvez não tivéssemos sorte.

No dia seguinte, com condutor, fomos a ABU DHABI, capital e o maior de todos os emiratos, a cerca de 150km de Dubai City.
A chuva não nos abandonou completamente.
Os arranha-céus são muitos. A moderna arquitectura faz inveja a Chicago e a New York. Tem, até, umas torres gémeas que parecem o Chrysler!

Na Yas Island, visitámos o 
Ferrari World Abu Dhabi

que foi o primeiro parque temático da Ferrari, ao lado da pista de Fórmula 1 e do seu original hotel.

Parámos na Heritage Village
onde está retratada, reconstruída, uma aldeia tradicional. 

Na praia, algumas carcaças de barcos tradicionais 

e, bordejando a baía, do lado de lá, os arranha-céus.

A cidade-estado é moderníssima. 
Impossível andar a pé. Os automóveis proliferam nas estradas de 6 e 8 pistas de rodagem. A gasolina custa cerca de 25 cêntimos por litro!
O National Exhibition Centre 
chama a atenção pela sua arquitectura original.

Almoçámos num shopping onde é fácil encontrar comida internacional.
O tempo foi curto, as distâncias grandes. O guia não foi o melhor: tinha o circuito feito para turistas normais... e descontrolou-se quando lhe pedimos coisas que nem conhecia, como o local onde estava a ser construído o Museu Guggenheim ou a Catedral Católica de St. Joseph!!! Esforçou-se, em vão, o que deu para ver o outro lado da riqueza, nos bairros sobrelotados de indianos e outros emigrantes que trabalham para o luxo que é mostrado ao turista.
A mesquita maior, salvou "a honra do convento"!...
A Sheik Zayed Mosque, é uma beleza. 

Com uma área correspondente a cerca de 5 estádios de futebol, tem 82 alvas cúpulas. 

Na sua construção foram utilizados materiais como mármore, pedra, ouro, pedras semi-preciosas e trabalharam artesãos de muitos países desde Itália à Índia. Os estilos Mughal, Persa e Mouro, são visíveis.
Com tempo, merece a visita do seu interior onde se encontra a maior carpete feita à mão, bem como o maior candelabro, com 10x15m, pesando 12 toneladas.

Nos EAU tudo é, ou virá a ser, o maior do Mundo. É, com certeza, o lugar actual do Mundo onde a construção está em alta, nesta era de privações!




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