NEW ZEALAND
Em língua maori, a Nova Zelândia tem o nome de Aotearoa ("Terra da Longa Nuvem Branca"). E "maori" significa "pessoa normal".
Diz a lenda que o deus Maui, que vivia em Hawaiki, decidiu, um dia, partir para a pesca com o irmão. Entrou pelo mar dentro até alcançar a Ilha do Sul e, graças a um anzol mágico, talhado no maxilar da sua avó morta, apanhou um peixe gigantesco (a Ilha do Norte) e assim foi criada Aotearoa.
Em 1840, o Reino Unido negociou com os chefes maoris o Tratado Waitangi, que garantia a posse da terra aos maoris, oficializando, ao mesmo tempo, o estatuto colonial sob controlo da coroa britânica.
O tratado não foi cumprido e os colonos ocuparam as terras, provocando confrontos. A desproporção de forças resultou em milhares de mortes entre os nativos, que perderam grandes extensões de territórios e numerosas vidas. Hoje, são, apenas, 9,6% da população.
Separadas pelo Estreito de Cook, as Ilhas do Norte e do Sul navegam no Mar da Tasmânia a oeste e no Oceano Pacífico a este.
ILHA do Sul
É atravessada de nordeste a sudoeste pelo Alpes neozelandeses,
com picos acima de 3.000 metros (o pico mais alto fica a 3.764 metros acima do nível do mar), onde nascem os rios Waitaki e Clutha.
com picos acima de 3.000 metros (o pico mais alto fica a 3.764 metros acima do nível do mar), onde nascem os rios Waitaki e Clutha.
De Christchurch a Tekapo
23 a 25 Fevereiro 2010
Chegámos tarde a Christchurch.
A porta do "Holiday Inn" estava fechada e o hall mergulhado numa penumbra acolhedora.
O porteiro deu-nos as chaves dos quartos que já estavam reservados e pagos, via net.
A zona de Christchurch era habitada pelas tribos Moa-hunting (Waitaha), que migraram da costa este da Ilha do Norte no século XVI. Era uma área muito húmida que, para os maoris, era "mahinga kai" ou "lugares bons para a comida".
O primeiro europeu passou por aqui em 1815, quarenta e cinco anos depois do capitão Cook avistar o que chamou "Banks Island", que depois verificou ser uma península.
Instalaram-se em 1840. Tornou-se cidade em 1856, sendo das mais velhas cidades da NZ.
A maior população é britânica, e isso constata-se bem quando se olham as pessoas, principalmente as de mais idade, com o aspecto conservador visto em qualquer pequeno burgo do interior da Grã Bretanha. Mas depois da II Grande Guerra, vieram os Gregos e, agora, co-habitam mais de 150 nacionalidades.
São mais 2 horas do que em Melbourne e mais 13 do que em Portugal.
Christchurch
é a capital da província de Canterbury e fica numa planície resguardada pelos Alpes do Sul.
é a capital da província de Canterbury e fica numa planície resguardada pelos Alpes do Sul.
O hotel fica muito perto da Cathedral Square, o coração da cidade, dominada pela Anglican Cathedral.
Decorria o Festival das Flores e a pequena cidade estava enfeitada e em festa.
O Gótico Vitoriano da catedral, impõe-se. Dentro, um dos mais belos órgãos.
Fora, o hakka (canto de guerra acompanhado por gestos ritmados e mímica) de um grupo de maoris que o Alfredo já estava a fotografar, com rostos muito expressivos.
Fora, o hakka (canto de guerra acompanhado por gestos ritmados e mímica) de um grupo de maoris que o Alfredo já estava a fotografar, com rostos muito expressivos.
Demos uma volta pelas margens do Avon River,
muito bucólico, com gôndolas a passear os turistas, e gondoleiros a quem nem faltava gravata às risquinhas a fazer lembrar Veneza!...
muito bucólico, com gôndolas a passear os turistas, e gondoleiros a quem nem faltava gravata às risquinhas a fazer lembrar Veneza!...
Subimos para o Christchurch Tram
(15 dólares por pessoa, para o dia todo) e fizemos o city-tour até à New Regent Street, construída em 1932 no estilo Missão Espanhola. Tão charmosa, que nos apeámos para fotografar melhor as belas casas.
(15 dólares por pessoa, para o dia todo) e fizemos o city-tour até à New Regent Street, construída em 1932 no estilo Missão Espanhola. Tão charmosa, que nos apeámos para fotografar melhor as belas casas.
Enquanto eu e a Joana retomámos o eléctrico,
o Alfredo e o Ricardo foram buscar o carro que já tínhamos alugado.
o Alfredo e o Ricardo foram buscar o carro que já tínhamos alugado.
Fomos até ao Arts Centre,
localizado na Old University of Canterbury que, além de Arte, cinemas e teatros, também tem cafés e bares. E visitámos o Canterbury Museum,
fundado em 1868 pelo geólogo Julius Haast.
localizado na Old University of Canterbury que, além de Arte, cinemas e teatros, também tem cafés e bares. E visitámos o Canterbury Museum,
fundado em 1868 pelo geólogo Julius Haast.
Foi no Arts Centre
que nos reunimos, para comer qualquer coisa, num bar muito agradável, com música brasileira de fundo.
que nos reunimos, para comer qualquer coisa, num bar muito agradável, com música brasileira de fundo.
Perto da Universidade, a interessante sede da "Dyslexia Discovery Exhibit",
com uma galeria exterior com esculturas de Paul Dilbble no jardim.
com uma galeria exterior com esculturas de Paul Dilbble no jardim.
E arrancámos para Akaroa, serpenteando a costa, pela estrada 75, fotografando a montanha, Littleton
e Diamond Harbour ao longe.
e Diamond Harbour ao longe.
Akaroa é uma cidade muito pequenina,
anichada no topo do Akaroa Harbour e é a mais velha de Canterbury, fundada por um pequeno grupo de colonos franceses, em 1840.
anichada no topo do Akaroa Harbour e é a mais velha de Canterbury, fundada por um pequeno grupo de colonos franceses, em 1840.
Toda a arquitectura é de influência francesa, com mais de 40 edifícios classificados como históricos, um deles, a residência de Langlois-Eteveneaux,
que se crê ter sido fabricada em França.
que se crê ter sido fabricada em França.
Estamos num pequeno motel familiar, o "Tresori Motor Lodge", na Rue Jolie, e o dono já nos deu as dicas para a visita da cidade e de Tekapo.
Jantámos muito bem, no "Bully Hayes", boa comida do mar, mas muito demorado, cortando-nos o prazer do pôr-do-sol à beira-mar. E atenção, porque fecha tudo às nove da noite! Não há outro remédio se não ir para a caminha... ou passear à beira-mar pelas ruas mal iluminadas e desertas.
De manhã, o Peter, do "Tresori", já nos tinha reservado os bilhetes para o cruzeiro no Akaroa Harbour, no Pacífico.
"Akaroa"significa "porto comprido". Aqui viviam as tribos Ngai Tahu, quando o capitão Cook sinalizou o porto em 1770 e antes da chegada dos colonos franceses. As ruas têm nomes como Rue Jolie e Rue Lavaud.
O cruzeiro foi de duas horas, com paisagens espectaculares. Vê-se o Farol,
a Red House Bay,
a Onuku Maori Pa,
um local onde os maoris ainda fazem culto religioso e que só pode ser visitado quando se é convidado.
a Red House Bay,
a Onuku Maori Pa,
um local onde os maoris ainda fazem culto religioso e que só pode ser visitado quando se é convidado.
O "Penhasco da Notoriedade"
é uma falésia altíssima numa pequena enseada, onde o capitão conseguiu meter a proa do barco, numa manobra arrojadíssima!
é uma falésia altíssima numa pequena enseada, onde o capitão conseguiu meter a proa do barco, numa manobra arrojadíssima!
Depois, já de carro, fomos fotografar algumas das casas do Património Histórico: A Fire and Ice,
a Old Library,
a Bon Accord, a Customs House e a casa de Jean-François Langlois, o primeiro responsável por Akaroa, que comprou a Peninsula aos Ngai Tahu.
a Old Library,
a Bon Accord, a Customs House e a casa de Jean-François Langlois, o primeiro responsável por Akaroa, que comprou a Peninsula aos Ngai Tahu.
Decidimos dormir em Lake Tekapo e o Peter reservou-nos uma vivenda em Green Gables, com dois pisos e varanda de onde se vê o lago.
Foram quatro horas e meia de carro e almoçámos pelo caminho, com belas paisagens e muitos carneiros.
O lago é um deslumbramento,
com as suas águas de um tom esmeralda intenso e a paisagem à volta, mudando-lhe a tonalidade, conforme a luz. E apanhámos chuva, nevoeiro, luz intensa e até um arco-íris!...
com as suas águas de um tom esmeralda intenso e a paisagem à volta, mudando-lhe a tonalidade, conforme a luz. E apanhámos chuva, nevoeiro, luz intensa e até um arco-íris!...
A igreja do Bom Pastor, "church of Good Shepard"
é de pedra e carvalho, simples, mas muito bonita e ainda mais embelezada quando olhada com as águas do lago ao fundo.
é de pedra e carvalho, simples, mas muito bonita e ainda mais embelezada quando olhada com as águas do lago ao fundo.
O lugar tem poucas casas e, aparentemente, apenas para férias e fins-de-semana.
Diz-se que tem o ar mais puro da NZ e, por isso, a Universidade de Canterbury tem aqui um observatório, no Mount John.
No primeiro andar do nosso chalé, fizemos o serão, a escrever, a ler e a dormitar vendo televisão. Lá fora, nem vivalma a perturbar o silêncio.
De manhã, deixámos a porta aberta e a chave na cozinha,
no primeiro andar, aliás como tínhamos feito ontem, ao chegar, depois das seis da tarde (porque ninguém trabalha depois dessa hora... e não encontrámos ninguém!...)
no primeiro andar, aliás como tínhamos feito ontem, ao chegar, depois das seis da tarde (porque ninguém trabalha depois dessa hora... e não encontrámos ninguém!...)
Mais umas fotos do lago e da igrejinha
e saímos em direcção a Wanaka, onde programámos a dormida, junto de outro lago.
e saímos em direcção a Wanaka, onde programámos a dormida, junto de outro lago.
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