Translate my Blog

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

ISLÂNDIA - ICELAND


MYVATN, AKUREYRI, FIORDES E PENÍNSULA SNAEFELLSNES

2 a 5 de Junho 2013



MYVATN é o lago 

formado durante una erupção massiva há 2300 anos. São 37 quilómetros quadrados e o seu ponto mais profundo tem 4,5m. 

O nome, vem da grande quantidade de mosquitos que rodeiam o lago e que se apresentaram à nossa chegada, provocando corrida para o abrigo da recepção do hotel, no restaurante!... 
Foi aí que jantámos, com uma bela paisagem para o lago e para as ovelhas, 
ao lado da vacaria separada de nós por vidraças.

Depois, a voltinha... de carro, claro. Com luz quente, o Mount Hverfjall destaca-se:
uma cratera de 140m de profundidade, com um perímetro de 1000m, que se acredita ter resultado de uma erupção há cerca de 2500 anos.
O sono foi calmo: as cortinas eram melhores!
Depois do pequeno-almoço e das fotografias das vacas, 
rumámos à área geotermal de Námafjall Hverir
Património da Humanidade da UNESCO. É uma zona de altas temperaturas, com várias fumarolas e locais borbulhantes. 
A temperatura, a 100m de profundidade, sobe aos 200ºC. A montanha parece uma tela, com depósitos de enxofre. 

E os buracos negros são assustadores!

Em Dimmurborgir, zona de formações de lava, desde túneis a cavernas,
formadas há 2000 anos, vivem os trolls 
(treze, segundo a lenda). Amigáveis ou hostis, anões ou gigantes, estas criaturas só podiam ter sido criadas por um povo sujeito a tanta adversidade da Natureza, onde os cataclismos são comuns e em metade do ano mergulham na escuridão!!!
As falsas crateras sobressaem no meio do lago. 
São formadas por explosões de géiseres que adormeceram depois.
Partimos, acompanhados de mais paisagens surpreendentes.

A caminho de Akureyri, da estrada, vislumbrámos a GODAFOSS
Com o campo verde em primeiro plano, aparece a montanha matizada de branco ao fundo e o buraco onde se precipitam as águas do rio Skálfandafjót. É de fácil acesso e faz lembrar as cataratas de Niagara,
embora de uma beleza diferente, brilhando no meio das colunas de basalto. O nome significa Catarata de Deus e foi-lhe dado no ano 1000, quando o chefe de clãs Thorgeir atirou às suas águas as estátuas de madeira dos deuses escandinavos e abraçou o Cristianismo. Até Akureyri a paisagem continuou a impressionar-nos.

AKUREYRI fica a 40km. 
É chamada a Capital do Norte
Com 1800 habitantes, é uma cidadezinha pitoresca com edifícios ecléticos.
A Akureyrarkirkja evidencia-se na paisagem à medida que nos aproximamos. 
Foi desenhada por Gudjón Samúelsson e terminada em 1940. 
Bonitos vitrais contam a vida de Cristo e a história do chefe Thorgeir.

A seus pés, a  Casa de Mathíasar Jochumssonar, um dos mais queridos poetas islandeses.

Almoçámos e continuámos viagem, 
passando por cidadezinhas piscatórias 
a cheirarem a peixe, fiordes gelados e, subitamente, 
a imagem extraordinária dos cavalos no horizonte, bem recortados, com a montanha de neve e as nuvens a compôr o cenário! 
São cenas destas que fazem deste um país maravilhoso, de paisagens surpreendentes.

Montanhas geladas com fiordes aos pés, 
quedas de água e, 
depois de um túnel de 3200m, Olafsjordur aparece com a sua igrejinha debruada a amarelo, 
seguindo-se mais túneis e outra montanha imitando a pirâmide, reflectida na água. 

E outra cidadezinha, Siglufjordur 
com porto de bares coloridos 

e o Museu do Arenque.

Saudanes, Ofsstadir, nomes estranhos, e de novo a surpresa, no meio de um prado verde, rodeada por montanhas, com a pirâmide ao fundo, a Graffarkirkja, em Grof.

Desviámos para a pequena estrada de brita que acaba numa cancela fechada. O Alfredo saiu, equilibrando-se contra o vento, levantou a barreira e voltou a fechá-la depois do carro passar. No pequeno aterro está outro carro: uma família regressa da visita.
Seguimos pelo carreirinho sulcado na erva até à pequena igrejinha. 

Mais um portão fechado do qual levantámos a aldraba
e, depois, a porta da capela com a chave na fechadura. 
Dentro, mal nos conseguimos manter em pé. Os bancos corridos, de madeira, convidam à meditação. De pátio circular, 
foi mandada construir pelo bispo de Hólar, nos finais do séc.XVII, a Gudmundur Gudmundsson e reconstruída em 1953.
Junto ao fiorde, mais à frente, o nosso hotel, "Hosstadir Guest House", com telheiro à entrada onde estão as vasilhas do leite.

O vento ciclónico, 
obrigou a alguma ginástica para nos apearmos do carro. "Hoje está particularmente ventoso!", justifica-se o dono do hotel. Compreendi porque guardam as alfaias agrícolas debaixo de terra!...

Comemos charr, peixe do Ártico, ao jantar, no restaurante do hotel, com o chef a contar histórias.
Com a claridade, começo a habituar-me, mas o vento vai dificultar o sono.
"Tanto vento, tanto vento... e nenhuma  árvore mexe!", graceja o Alfredo, no país onde se diz: "Se te perderes numa floresta islandesa... levanta-te!". Na Islândia, além de raras, as árvores custam a crescer.
Foi tormentosa, a noite, e duvidei chegar com a casa inteira até de manhã!... Mas resistiu e deixámos o encantador hotel, embrenhando-nos na Península de Snaefellsnes.
Húnaver, Holstadir e mais cavalos, 
compõem a paisagem até à Thingeyrarkirkja
escura, no cimo da pequena colina verdejante, mandada construir entre 1106 e 1121 pelo bispo de Hólar como pagamento de promessa feita para Deus salvar a população da fome.

Alguns quilómetros à frente, STYKKISHÓLMUR, pequena cidade piscatória do séc.XIX, onde a chuva e o nevoeiro não conseguiram obscurecer a beleza do pequeno porto 
e das bonitas casas.

Situada na costa norte da Península de Snaefellsnes, é também chamada Portão para as ilhas do Breidafjordur.
Depois do almoço no "Narfeyraestofa", 
a chuva era apenas uma ameaça.
Merecem visita 3 museus. O Eldfjallasafn, museu do vulcão, com artefactos, pinturas 
e vídeos relacionados com os vulcões. 

Dvorska Húsid, museu da casa norueguesa, edifício negro de janelas brancas, de dois pisos e sótão,
tudo mobilado à época, com objectos do quotidiano 
e um sótão com uma colecção de máquinas de costura provenientes de uma fábrica de confecções que existia perto. 
O dono da casa era um próspero comerciante que enriqueceu a vender bacalhau para Portugal e Espanha! 
O Library Water 
fica no alto da colina e ali brincámos com os efeitos das 24 colunas de vidro cheias com água dos vários glaciares da Islândia. 
Daqui, desfruta-se de belas vistas sobre a cidade: 
o porto 
e a igreja de linhas arrojadas simbolizando um barco estilizado.
Hellnar foi onde dormimos, no "Hotel Hellnar", 
aninhado entre formações rochosas onde a chuva e o nevoeiro não nos deixaram usufruir da sua situação privilegiada.
No dia seguinte, continuámos com paisagens fantásticas 

e, antes de chegar, de novo, a Reykjavic, ainda parámos em Bogarnes 
que, perto da capital, se tornou, por isso, o local principal de turismo dos islandeses da capital.
O Settlement Center 
faz exibições sobre a colonização da Islândia. 
A igreja 
e algumas interessantes esculturas 

foram as últimas imagens, antes de atravessarmos o túnel construído em 1998 e que poupou  47km na distância até à capital.

E adeus ISLÂNDIA maravilhosa, onde os vulcões respiram e... esperam!

(Fotos históricas da erupção do vulcão EYJAFJALLAJOKULL)



* * *