Translate my Blog

terça-feira, 27 de julho de 2010

NOVA ZELÂNDIA - Ilha do Sul

De Wanaka a Te Anau, passando por Arrowtown
25 e 26 de Fevereiro 2010


A caminho de Wanaka, parámos no Lago Pukaki,


cenário majestoso, alimentado pelo Tasman River que nasce no Tasman Glaciar e está ligado, por canais artificiais, ao Lago Tekapo e ao Lago Ohanau.
Aoraki (Mount Cook National Park), ocupou-nos toda a manhã.
É a montanha mais alta da NZ, com 3.754 metros e gostaríamos de tê-la sobrevoado de helicóptero e pousar nos seus glaciares, mas as nuvens impediam o voo

e, assim, contentámo-nos em ir a pé (...), por uma boa subida que diziam ser de 15 minutos, mas que nos pareceu muito mais.



O Tasman Glaciar é o maior da NZ, com 29 quilómetros de comprimento e 1,6 quilómetros de largura.


Conseguimos vislumbrá-lo ao longe

e ver alguns pedaços de gelo de um branco azulado nas águas turvas do Tasman River.


A paisagem é magnífica.
À esquerda, o Glaciar Rudolfo.

É Verão.
A lenda de Aoraki, montanha sagrada para os Ngai Tahu,

tribo da Ilha do Sul, diz ter-se formado quando um rapaz chamado Aoraki e os seus três irmãos desceram do céu para visitar Papatuanaku (Terra Mãe), numa canoa. A canoa virou-se e os irmãos tornaram-se pedra, formando o maciço rochoso.

Fomos ao Hooker Valley

para ver melhor o Glaciar Hooker.

Em Twizel, almoçámos. Construída em 1969 para fazer a barragem hidro-eléctrica de Upper Waitaki, foi depois aproveitada para explorar a sua proximidade com pesca excelente e com o Mount Cook. O seu símbolo é o kaki,  
uma espécie de garça negra, em vias de extinção.
Em Omarama, pequena cidade a sul de Twizel, fotografámos os interessantes penhascos amarelos, os Clay Cliffs, esculpidos pela Natureza.

A tarde ia caindo. A paisagem é sempre bela.
O Lindis Pass, é uma passagem entre gargantas, cobertas por uma vegetação rasteira, de vários tons de verde, e que marca a fronteira entre Canterbury e Otago.

E chegámos ao destino, a Wanaka, a sul do lago com o mesmo nome, um dos locais favoritos para desportos náuticos no Verão e ski no Inverno.
Parámos no interessante Stuart Landsborough's Puzzling World e brincámos a fotografar a fachada.



Dentro, pode tomar-se um café e resolver um qualquer puzzle!...

Depois, o lago, com muitos veleiros e belos recantos.
Passava das seis horas quando chegámos ao "Wanaka Lakeview Motel", mas a gerente ainda estava à nossa espera.
Da nossa janela, temos uma vista soberba sobre o lago.


O Ricardo e a Joana ficaram numa espécie de duplex, também com vista para o lago.
Jantámos costeletas com camarão, acompanhadas com um muito bom "Pinot noir" da região. A "pavlova" é sempre uma surpresa de sobremesa, sempre diferente, sempre boa.

E a vista para o lago a saborear o pôr-do-sol.



Saímos de Wanaka depois do pequeno-almoço, por volta das 10.30 horas.


Parámos em Arrowtown, às 11.50 horas.
Anichada na base de grandes penhascos, foi fundada em 1862 por um grupo de colonos que descobriram ouro no Fox River  

(em poucas semanas colheram 113 quilos do precioso metal).
Chegou a ter 7.000 habitantes.
A rua principal é delineada por muitas casas coloniais antigas,

incluindo os Correios

e lojas datadas entre 1860 e 1870.

Em 1865 convidaram chineses para preencher o vazio deixado pelos europeus que, entretanto, foram abandonando a exploração do ouro. No entanto, foram alojados no Chinese Settlement, afastados do centro, em casas pobres, encostadas às rochas, num verdadeiro "gueto".


A 21 quilómetros, fica Queenstown, onde vamos ficar, a partir de amanhã, duas noites.
Passámos ao largo, fotografando-a ao longe, rodeada pelo azul intenso do Lago Wakatipu.


Continuando, a montanha agreste com encostas em espinha


e o azul do lago que contornámos até Kingston, onde almoçámos.

É uma antiga cidadezinha ferroviária, no final do lago,

construída para transporte do ouro e, mais tarde, da madeira até ao Lago Wakatipu.
Fotografámos algumas carruagens e uma casa pequenina, amarela e vermelha, encantadora, como uma casa de bonecas.

Pelo caminho, as montanhas e os prados com carneiros,

vacas e veados, iam alternando.
Até aquela montanha, ao fundo, mesmo na direcção da estrada, que parecia a cabeça de um "cocker", com as orelhas compridas e olhos tristes.

As vacas olhavam e aproximavam-se quando parávamos para as fotografar. Mas as ovelhas e os carneiros, levantavam as cabeças do prado verde e viravam-nos as costas, fugindo.
A 30 quilómetros de Te Anau, fica o Fiordland National Park, onde se encontra o nosso "Lodge hotel", simples mas airoso. Fica longe de tudo, bem no meio da floresta, o que nos obrigou a voltar a Te Anau, para jantar, e onde presenciámos um pôr-do-sol invulgar.


* * *