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sábado, 2 de junho de 2018

PORTUGAL - AÇORES

ILHA TERCEIRA

19, 20, 21, 22 Abril 2018

Foi a terceira ilha a ser povoada.

Tem 90km de costa, 18km de largura máxima e 29km de comprimento máximo.
Vivem aqui 56.436 pessoas  e mais do dobro de vacas.

O Centro Histórico de Angra do Heroísmo, 
a sua maior cidade, é Património da Humanidade da UNESCO desde 1983.
Ainda havia muita luz e não havia nuvens, quando chegámos, por volta das 17h. E era, portanto, altura de subir à Serra do Cume.

Desta vez, alugámos carro e não foi tão fácil chegar lá cima como com a Marina, há dois anos...
Juntamente com a Serra da Ribeirinha, a Serra do Cume forma os rebordos da maior caldeira do mais antigo vulcão da ilha (Vulcão dos Cinco Picos). 

Agora, forma uma extensa planície de verdes pastagens, formando uma manta de retalhos debruados por negros muros de pedra vulcânica 
(os cerrados).

O miradouro fica a 545m de altitude e avista-se a Vila Praia da Vitória e Lajes.

O hotel é o mesmo, o Terceira-Mar, virado para o Monte Brasil.

O centro está muito bem conservado. As belas fachadas de grandes janelas e portas, debruadas a basalto  ou pintadas com cores garridas, tornam a cidade belíssima.

A luz do fim da tarde ilumina o Convento de São Francisco 

e, mais acima o Pico da Memória.

A Sé, Catedral do Santíssimo Salvador da Sé, 
já estava fechada. A sua visita ficará para outro dia.

Na Rua de São João, a "Tasca das Tias" 
tem um aspecto confortável e intimista, com decoração de casa antiga, fotos das "tias" e empregadas jovens. Pouco passava das 19h e... cracas já não havia! Nada de especial.

Em direcção ao mar, fomos descobrir a Alfândega

a velha e sempre linda Igreja da Misericórdia 

e o novo Vasco da Gama
Voltaremos.

No dia seguinte tínhamos um intuito especial: oferecer um livro da nossa biblioteca à Biblioteca Municipal, que já esteve no Palácio Bettencourt, atrás da Sé. 

O edifício novo estava noutro local, informaram-nos... 
E subimos, a pé até ao alto 

onde se encontra a bela Igreja da Conceição 
debruada de azul numa bela praceta onde também se encontra 
o Palacete Silveira e Paulo 
onde funciona a Direcção Regional da Cultura e Conhecimento dos Açores.
Logo ali, está o moderno edifício da Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro 

(jurista, intelectual, poeta e etnógrafo terceirense). 

Também de outro ilustre terceirense, Alfredo da Silva Sampaio, era o livro que lá queríamos depositar: "Memórias da Ilha Terceira", de 1904.

Era Dia Aberto e beneficiámos de uma visita guiada que nos deixou encantados com a modernidade das instalações, com os métodos de tratamento, conservação e recuperação dos livros e com a simpatia de todos os funcionários. 
Cruzámo-nos com Valter Hugo Mãe que vinha falar para os jovens das escolas que já enchiam o átrio.

O Convento de São Francisco 
ficava perto. Neste lugar e nas casas e capela doadas por Afonso de Antona Baldaya, se instalaram os franciscanos por volta de 1466 e fundaram o primeiro convento masculino de Angra.

Por ruas íngremes subimos, 

fotografando sempre, claro, até ao Alto da Memória
Outeiro da Memória, de onde se tem uma panorâmica especial da cidade, conseguindo identificar 
a  Igreja da Misericórdia, 

a Sé, 

o Monte Brasil 

e o Ilhéu das Cabras

Foi aqui que João Vaz Corte-Real mandou construir a primeira fortaleza dos Açores por volta de 1474. 
A Pirâmide, de meados do século XIX, é uma homenagem à memória do rei Dom Pedro IV que aqui esteve durante a preparação do desembarque das tropas Constitucionais.

Descemos pelas escadas de pedra 

até ao Jardim Duque da Terceira

quase um jardim botânico, com flora variada de plantas exóticas tropicais e subtropicais, 
criado em 1882 nas antigas cercas dos conventos franciscano e jesuíta (Palácio dos Capitães Generais). 
Termina na Rua Direita, junto do Palácio dos Capitães Generais
no lugar onde existiam as casas onde nasceu João Baptista Machado, mártir jesuíta no Japão. Aqui funcionou um colégio com um Pátio de Estudos até 1776, quando o 1º Capitão General dos Açores, Dom Antão de Almada,  propôs adaptá-lo a palácio.

E estamos na Praça Velha
onde está o edifício do Município.

Por uma das muitas ruas que vão dar à Baía, voltámos a fotografar as belas fachadas 

e as ruas de passeios calcetados, 

até ao Pátio da Alfândega

O edifício da Alfândega 

é muito bonito e o outro ao lado, na Rua Direita, tem uma instalação bem interessante de Arte Urbana.

Vasco da Gama 
está no centro da praça desde 2016 (obra do escultor Duke Bower), caminhando apressado como quando aqui desembarcou em 1499. À sua frente, no chão, trechos dos Lusíadas de Luís de Camões e o belo poema de Fernando Pessoa "Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena..."

Em frente, a belíssima Igreja da Misericórdia
no lugar onde existiu o primeiro hospital dos Açores com o compromisso da Confraria do Espírito Santo, fundado por João Vaz Corte-Real (descobridor da Terra Nova) em 1492. O actual templo, associado à Misericórdia é do século XVIII.

Para o lado do mar, 

vê-se o casario, 
de um e outro lado da baía e a praia.

A Matriz, Igreja do Santíssimo Salvador da Séestava de portas abertas. 

Foi mandada edificar pelo Cardeal Dom Henrique, em 1570, sobre uma primeira igreja do início do povoamento. Curiosamente, está virada a Norte 


e não virada para Jerusalém como as antigas igrejas. 

No interior, 
azulejos, imagens, pinturas e pratas do século XVII, bem como móveis de jacarandá e retratos a óleo.O seu belo restauro não deixa adivinhar os desastres por que já passou!

Uma via rápida levou-nos a Vila Praia da Vitória, a terra de Vitorino Nemésio.
E, de Vitorino Nemésio, existe um busto 
entre a Igreja da Misericórdia 

e a Casa das Tias

No "Mistério do Paço do Milhafre", as palavras do personagem Mateus Queimado, descrevem a casa: Era o recesso da minha vida. Em minha casa divertia-me mais (...). Mas em casa das tias abria-se-me um mundo mais largo de intimidade e experiência. Era um casarão confortável, quase um palácio, com as suas dez janelas rasgadas sobre a sacada de renas, a que lá se chamam ralos.

Em frente, a Igreja do Senhor Santo Cristo das Misericórdias cujo templo primitivo foi edificado em 1521, sob invocação do Senhor Santo Cristo. Em 1921 foi quase completamente consumida por um incêndio e no terramoto de 1980 também sofreu fortes danos. É um edifício de grande altura e, no interior, tem duas naves separadas por uma colunata, formando como que duas igrejas, com dois altares-mor. 

A imagem do Divino Pai Eterno é única nos Açores e diz a lenda que apareceu, um dia,  junto à costa, dentro de uma grande caixa que boiava no mar...
Subindo, encontramos a Casa onde nasceu Vitorino Nemésio, transformada em museu.

E, logo ali, 
a Igreja Matriz de Santa Cruz 
que, segundo Alfredo da Silva Sampaio, data de 1456 e foi mandada erguer pelo primeiro Capitão Donatário Jácome de Bruges, que aqui se fixou. 
Foi reconstruída em 1577 e, nessa ocasião, Dom Sebastião ofereceu-lhe as magníficas portas manuelinas, 



em mármore. 

Sofreu com os terramotos de 1614, 1810, 1842 e 1980! Mas está magnífica!... O interior, de três naves, 

tem uma capela-mor 
com rica talha dourada de estilo Barroco. Nas capelas laterais, abóbadas 
nervuradas de estilo Manuelino.


O órgão de tubos, 
deslocado desde o terramoto de 1980, é do século XVII de António Xavier Machado e Cerveira.

Descemos, por escadaria lateral, 

até à praça onde estão os Paços do Concelho 
cujo edifício remonta ao século XVI com alterações após o sismo de 1614. Escadaria em pedra, simétrica à fachada e com um balcão no cimo, com um alpendre, parecendo um solar minhoto. 
Tem uma torre sineira adjacente, provavelmente acrescentada em 1596, com uma lápide: Esta é a Câmara de Diogo de Teive, / Álvaro Martins Homem, / Pero de Barcelos, / que aqui povoaram e daqui / abriram à Europa os mares do Oeste. Brasão Municipal com as antigas armas portuguesas, no frontispício.

À beira-mar, almoçámos uma deliciosa alcatra no "Tropical Point" por um preço simpático.
Ainda subimos ao 
Miradouro do Facho
homenageando o Imaculado Coração de Maria, para uma panorâmica da cidade.

Depois, directos ao Algar do Carvão




É uma jóia do vulcanismo açoriano, Monumento Natural Regional.
Uma sensação única!...
Tínhamos que mostrá-lo à Joana. Nem numa segunda visita nos deixou decepcionados. E lá estivemos nós dentro de um vulcão, por duas vezes!

Uma das coisas que me cativa na Ilha, são os seus Impérios.

Joaquim de Fiore (1131-1202), abade cistercience, é o defensor do culto que promove o Amor Universal e Igualdade entre todos os Cristãos em que qualquer plebeu seria imperador porque a sabedoria divina ilumina todos e todos beneficiam de uma "inteligência espiritual" que permite a compreensão dos mistérios divinos. Foram os Franciscanos que aplicaram esta doutrina, apoiando os necessitados. 
A sua origem, controversa, começa nas regiões de Tomar e Castelo Branco (pertenciam à Ordem que têm culto ao Espírito Santo) e levado para as ilhas, começando pelas Ilhas de Santa Maria, São Miguel e Terceira. 
Na Terceira, o culto está documentado desde 1492 em que já se fazia o império e se distribui o bodo, no dia de Pentecostes à porta de uma capela pertencente ao hospital do Espírito Santo. Com a constituição das Santas Casas da Misericórdia na Ilha Terceira, elas instalam-se nos templos do Espírito Santo. Com forte caracter popular, com a possibilidade de todos os elementos da comunidade poderem ser coroados imperadores e ajudando os de menos posses, fez proliferar o culto. 
Com gestão completamente autónoma, o culto não agradou aos eclesiásticos cuja função era unicamente colocar a coroa aos imperadores ou imperatrizes na igreja e benzer as carnes e o pão.

As festividades decorrem desde o Domingo depois do da Páscoa até ao Domingo de Pentecostes (50 dias), dia em que o Espírito Santo desceu sobre os discípulos e apóstolos reunidos na festividade judaica das colheitas. Cada freguesia faz a sua festa em diferente data.
O Império ou Teatro era um estrado de madeira ornamentado com faias e panos sobre o qual se armava um altar e onde se expunham a coroa e a bandeira do Espírito Santo durante os dias da festividade. Alguns são verdadeiras capelas encimadas pela coroa do Espírito Santo, uma pomba branca e o ceptro de imperador.

Nesta ilha existem 71 impérios. Vimos muitos...

A caminho da Freguesia de São Sebastião, fomos surpreendidos por um "engarrafamento" de vacas a caminho da ordenha, 
com os úberes bem cheios. 
O pastor ía dizendo: "Apite... que elas afastam-se!...". mas não tínhamos pressa e fomos na bicha. Mais à frente, um grupo de vacas que pastavam no campo, vieram, numa correria, para a cerca e ficaram a ver as companheiras passar!... As vacas são umas cuscas!...

Os campos verdes são banhados de luz aqui e ali.

São Sebastião começa a ver-se ao longe.

É uma freguesia com uma bela igreja debruada a basalto, baixa, com uma torre única. E um Império 
com pinturas dos componentes do bodo e hortênsias. Sempre me encantou. 

A Igreja 
é do século XV, Gótico tardio. 

Enquadrados por uma pequena e simpática praça 

e solares e sobrados 
de portas e janelas rasgadas. 

Dentro da igreja, belos frescos em restauro.

Em Porto Judeu encontrámos um Império colorido e 

a Igreja de Santo António, 
baixa, quadrada e debruada a amarelo com um contrastante portal negro de basalto, manuelino.

No Miradouro Cruz do Canário 
vê-se o Ilhéu das Cabras.

Íamos a caminho de Angra e, na estrada, na Ribeirinha, parámos para ver, na Canada da Ponta Ruiva, uma pequena igreja e um império. 
Mas não era a Matriz. 
Voltámos para trás, entrando na povoação e guiando-nos pela torre, depois de alguns enganos, encontrámo-la, a Matriz
bem mais rica, com duas torres sineiras, altaneiras, com efeitos de riscas. 

E o Império 
bonito com janelas e porta com artísticos recortes.

De novo na estrada, o Ilhéu das Cabras que, afinal, são dois!

E jantámos muito bem, no hotel: Bacalhau assado em cama de crosta de broa e espinafres, e secretos de porco preto com batata doce frita.




A visita ao Monte Brasil 
foi no dia seguinte. É uma península, um cone abatido de um extinto vulcão com origem no mar, rodeado por 4 picos: o Pico das Cruzinhas, o Pico do Facho, o Pico da Quebrada e o Pico do Zimbreiro. Forma duas baías: Baía de Angra e Baía do Fanal.

No Pico das Cruzinhas
bem no alto, encontra-se um padrão/cruzeiro erigido para comemorar o V Centenário do descobrimento dos Açores, quando se pensava ter sido em 1432. Daqui tem-se uma vista soberba sobre Angra, 
reconhecendo-se a Sé, o palácio dos Capitães Generais, 

a Igreja da Misericórdia, 

o nosso hotel. 

E São Mateus da Calheta no extremo esquerdo.

Descendo, fomos ver a Caldeira 
com vestígios de três erupções que originaram os picos.

Numa paragem mais abaixo, o Convento de São Francisco 

e a praínha da Baía de Angra.

A visita da Fortaleza 
foi programada para mais tarde.

E continuámos a volta pela Ilha.

Quatro quilómetros a Norte de Angra, fica Posto Santo 

com a Igreja de Nossa Senhora da Penha, debruada a azul,  

e um Império laranja a ser preparado para a festa.

Para chegar à Lagoa do Negro
valeram as minhas recordações do lugar que me agradou por causa da envolvência misteriosa e pela lenda.

Também reconheci a Lagoa das Patas por causa da placa de azulejos 
à beira da estrada: Benvindos a S. Bartolomeu de Regatos.

O ambiente é paradisíaco. 

As patas e patos vêm a correr, 
receber-nos... 

Depois regressam ao lago.

A caminho da Freguesia dos Biscoitos, passámos por formações de lava cobertas por vegetação rasteira,
semelhantes às que vimos na Islândia e que, lá, se chamam Eldhraun, traduzido por fogo de lava.

A Freguesia de Biscoitos é conhecida por ter bom vinho, cultivada a vinha entre muros de pedra vulcânica
que, ao mesmo tempo que a protegem dos ventos, mantêm temperaturas adequadas... 
e pelas suas piscinas naturais, 
protegidas da fúria das ondas contra as rochas vulcânicas.

O Império 
está pintado, aguardando as festividades. 
Bonitas casas 

e a calmaria... até os cães nos vêm ver!

Chegados a Altares, o Império 
onde predomina o verde, foi reconstruído em 1903. 
A Igreja 
não está tão bem tratada, mas é bonita, com a sua torre sineira quadrada, ao lado da ribeira sem água.

Logo ali, a Freguesia de Raminho. 
O padroeiro é São Francisco Xavier e a igreja 
é imponente, com duas torres quadradas, ao cimo de escadaria. 

O Impérioamarelo e verde, 
está pronto para a festa.

A Freguesia da Serreta também tem uma Igreja imponente e altaneira,
dedicada a Nossa Senhora dos Milagres. 

O Império 

tem um certo ar oriental e tem uma coroa do Espírito Santo na calçada em frente.

Continuámos o nosso tour de igrejas e impérios pelas freguesias da Ilha.

Em Doze Ribeiras, predomina o ocre.

Em Santa Bárbara, a Igreja é linda, 

na sua simplicidade e o Império 
tem janelas e porta ogivais e a coroa e as pombas do Divino Espírito Santo aos pés, na calçada.

Cinco Ribeiras 
reúne, na mesma praça, o chafariz, a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, o Império e a Sociedade Recreativa. Predomina o azul-bebé, mas o Império sobressai, branco e ocre.

Em São Bartolomeu de Regatos, a Igreja é igualzinha 
ao retrato de azulejos junto da Lagoa das Patas. Foi fundada em 1500 e renovada em 1967. 

O Império é grande 
e a Casa de Apoio, colada, parece uma casa algarvia, com platibanda e tudo!...

E, já esfomeados, chegámos a São Mateus da Calheta com o seu pequeno porto e as casas a estenderem-se à beira-mar, enfeitando o rebordo marítimo.

O restaurante Beira-Mar já nos tinha sido recomendado pela Marina na última visita à Ilha. Estava cheio. Marcámos e fomos ver a Igreja,
iniciada em Setembro de 1895, imponente, talvez a maior fora de Angra, que foi muito contestada 
(até por Raúl Brandão nas "Ilhas Desconhecidas"). 

Duas torres sineiras muito altas avistam-se à distância.

A fachada, 
homenageia os marinheiros, os pescadores e a ruralidade.

O restaurante faz jus à sua fama: as cracas, as lapas e o peixe fresco estavam uma delícia.
Regressámos a Angra para visitar o Castelinho, Forte de São Sebastião,

transformado em pousada 

e rumámos, depois, à Baía da Salga.

Pensa-se que não haverá no mundo faixa de terra com tanta história. 

A Batalha da Salga 
ocorreu em 25 de Julho de 1581 entre uma força de desembarque espanhola e forças portuguesas que defendiam a ilha da Crise da Sucessão. Foi o gado largado contra os castelhanos e as mulheres com os seu objectos de lavoura que tornaram o feito inédito. A batalha durou das 4h da manhã às 4h da tarde.

A paisagem mostra a baía, o Farol das Contendas 

e a Ponta das Contendas 
com os ilhéus do Feno, dos Garajaus e o da Mina mais afastado.

Acabámos a volta passando por Porto Martins com as suas piscinas naturais

emolduradas pela bela paisagem.

No dia seguinte, voltámos a Vila Praia da Vitória para fotografar o Forte de Santa Catarina.

E na Vila do Topo da Praia
vimos a Igreja azul de Santa Catarina, do século XVII 

e o Império 
com calçada com a coroa do Divino e a data.

E mais um Império ( em Vila Praia da Vitória são 16), o da Caridade.

Nas Lajes, decorria uma procissão, mas ainda deu para fotografar a Igreja de São Miguel Arcanjo (1564) 

e o Império.

De volta a Angra, mais Impérios: o da Rua Nova na freguesia de S. Pedro, 

o dos Inocentes da Guarita na Rua do Galo.

A visita à Fortaleza de São João Baptista é à hora certa. 

Como é de uso militar exclusivo, tem normas de visita. 

É a última presença militar a oeste de Portugal e da Europa  e a mais antiga com permanência ininterrupta durante 5 séculos.
Iniciado por volta de 1592 por ordem de Filipe II de Espanha, I de Portugal, envolve todo o Monte Brasil, controlando as baías de Angra e do Fanal. Inicialmente chamado de São Filipe, em 1642 passou a chamar-se de São João Baptista, em homenagem a Dom João IV de Portugal. Aqui estiveram aprisionados Dom João VI e Gungunhana, o imperador africano.

A Igreja 
foi planeada e começada no período espanhol, mas recebeu impulso de Dom Afonso VI.

Na Praça de Armas, de costas para a Igreja, temos à esquerda o Palácio do Governador, 

à direita a Ermida de Santa Catarina e a Cisterna 

e, em frente, a Porta Principal, 
a Porta Falsa.

E o torreão da Bandeira.

As Covas do Lobo
foram abertas no fosso, escavadas no tufo e, com o seu traçado descontínuo, dificultavam a aproximação do invasor.

Um crepe com gelado dona Amélia, na "Quinta dos Açores", 

foi a nossa despedida da Ilha.

* * *