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sábado, 22 de maio de 2010

CANBERRA e ADELAIDE

CANBERRA e ADELAIDE

16,17,18 e 19 de Fevereiro

Entre as Blue Mountains e Sydney fica um local histórico, uma pequena cidade do século XIX que teve a sua importância enquanto era construído o Victoria Pass, o caminho que facilitava a passagem para o Oeste. Foi, depois, abandonada e, mais tarde, recuperados alguns edifícios, para memória futura. Chama-se "Hartley Historic Site"

e podem ser visitados o Hartley Court House,

o tribunal, de 1835, a Igreja e algumas habitações.
A paisagem é deslumbrante, com o céu muito azul de nuvens muito bem desenhadas, como um quadro de Magritte.


Eram quase três da tarde quando parámos em Cowra e almoçámos no
"La-vita", ao lado do "Deli Cafe"

onde, da ementa, faz parte a "portuguese tarte", o nosso pastel de nata.
Chegámos a Canberra

por volta das 18.30 horas, sem hotel. Tivemos alguma dificuldade em encontrar poiso, mas, em Capital Hill, depois de algumas buscas, surgiu uma vaga no "Heritage Hotel".
"Kamberra", em aborígene significa "Ponto de encontro".
A cidade foi inteiramente planificada, quando da sua concepção, com edifícios oficiais imponentes, em 1912, por ocasião de um concurso internacional ganho pelo arquitecto urbanista americano, Walter Burley Griffin. Tornou-se capital federal em 1927.
Em Capital Hill sobressaem o Novo e o Velho Parlamentos.


Este transformado no Australian Democracy Museum.
Ao fundo, do lado de lá do Lago Burley Griffin, vê-se a Anzac Parade

que marca os esforços de guerra da Austrália no século XX.
A cidade é muito pouco interessante. As distâncias entre edifícios é grande, separados por zonas ajardinadas,

vendo-se muito pouca gente nas ruas. A recepcionista do hotel aconselhou-nos a jantar em Manuka, onde havia grande oferta de restaurantes. Foi onde encontrámos mais movimento.
Jantámos no "Legend", comida espanhola, um "Banquete de 8 tapas", acompanhado por um "Shiraz" tinto australiano.
No dia seguinte, visitámos o Australian War Memorial.

Depois, a National Portrait Gallery

(com pinturas e fotografias de rostos da Austrália, entre eles o Nick Cave e a Nicole Kidman), a National Gallery

(onde encontrámos obras de Ken Dome, de Sydney, Picasso, Monet, De Chirico, Juan Gris...).
No jardim da National Gallery, esculturas de Rodin e outros clássicos, bem como de vários contemporâneos,


com o Lago Burley Griffin ao lado e o National Carrillon,

a Black Mountain Tower ou Telstra Tower e a Library, ao fundo.
Voltámos a Capital Hill para entrar no Old Parliament, o Museum of Australian Democracy.
Almoçámos no Canberra Centre, entregámos o carro e embarcámos para Adelaide às 17.50 horas.



Chegámos por volta das 20 horas a Adelaide.


Adelaide tem 1.125.000 habitantes.
Ficámos no "Hotel Grand Chancelor"

on Hindley, mesmo no centro.
A cidade tem um encanto victoriano que é reforçado pelas suas ruas largas,


algumas reservadas aos peões. É uma cidade do "bush". Fundada em 1863 e povoada por imigrantes livres, sem uma gota de degredados. Mantém um certo ar de cidade de província

que lhe dá um certo encanto e faz dela a mais genuinamente "australiana" das grandes cidades do Continente.
Depois de um breve descanso, saímos pela Hindley Street, atravessámos a grande King William'Street e entrámos na zona pedonal, a Rundle Mall,

onde estão as belas casas antigas, como a Adelaide Arcade, que faz lembrar a Strand Arcade de Sydney.


A noite estava serena e de temperatura muito agradável.


Depois de um excelente pequeno-almoço, no dia seguinte, partimos à descoberta da cidade, a pé.
A Holy Trinity Church

foi a primeira igreja anglicana do sul da Austrália. A primeira pedra foi colocada em 1838 pelo Governador Hindmarsh e o sino veio de Londres.
O Old Parliament,

em tijolo, contrasta com o New Parliament

com altas colunas de capitéis trabalhados.
O National Soldier's War Memorial

faz sentinela na esquina da Kintore Avenue. A escultura representa um estudante, um camponês e uma jovem olhando um Anjo armado, significando o "Espírito do Dever".
A State Library of Australia

deixou-me cheia de inveja. As Bibliotecas espantam-me e encantam-me sempre! Esta abriu em 1860.
Ao lado, o South Australia Museum com Arte Aborígene,

esculturas do Pacífico, a fauna e a flora australianas.

Ainda fotografámos a fachada da Art Gallery of South Australia,

mas guardámos a sua visita para amanhã.
Em frente, a Scots Church (Uniting),

a segunda mais antiga construída na Austrália.



Decidimos ir até à praia, em Gleneg e, a caminho do eléctrico (Tram), fotografámos a St. Francis Xavier's Cathedral

e, ao longe, a Victoria Square com a Adelaide Town Hall.
Gleneg é a praia favorita de Adelaide

desde há cem anos.
De um e outro lado da linha do eléctrico, vêem-se os belos edifícios

com varandas de ferro forjado e madeira,

muitas lojas, esplanadas e restaurantes.

Com o pontão, a baía e a praia ao fundo, ergue-se o memorial aos Pioneiros,

com uma caravela no topo e o Alf, pequenino, em frente, em pose para a fotografia.
A Town Hall, é um belo edifício de pedra.
Almoçámos à fresca, num restaurante a olhar o mar,

resguardados do sol e da temperatura de 33 graus centígrados.
No regresso, de novo de eléctrico, os nomes das paragens lembram que o local já foi uma floresta que os colonos tiveram que desbravar: "Forest Way"... "Forest Village"...
Apeámo-nos na Victoria Square, para visitar o Central Market,

com bancas coloridas de fruta (cerejas do tamanho de ameixas...),

queijos, padarias. E havia um "Portuguese Saloio Bread", com aspecto de pão alentejano!...
Bebemos um "ice coffee" na Central Arcade e voltámos à King William's Street, fotografando o Post Office

e a Town Hall

com o boneco insuflável anunciando o "Adelaide Fringe 2010", o festival de Arte anual da cidade.



No dia seguinte, no City Loop (gratuito), fomos até à Ayers House Museum,

uma mansão vitoriana que contém uma colecção significativa de mobília, arte decorativa, prata e pintura. Construída com a pedra local ("bluestone"), no século XIX, foi a residência de Sir Henry Ayers, político e empresário que foi Primeiro Ministro na segunda metade do século XIX.
Atravessámos o Botanic Garden,


depois o Botanic Park, a Universidade...

e perdemo-nos na Art Gallery of South Australia,

que foi o primeiro museu a comprar um trabalho a um artista aborígene, Albert Namatjira, e também o primeiro a reconhecer a extrema importância da Arte Aborígene da Austrália da Austrália Central. Tem uma colecção significativa de Arte australiana do século XIX e foi um dos primeiros museus a reconhecer a Fotografia como Arte! 
Uma das últimas aquisições do museu, foi um trabalho de uma escultora que nasceu na Serra Leoa em 1965 e está na Austrália desde 1971, Patricia Piccinini, a "Big Mother",

uma cena tão realista, que impressiona: uma mãe entre o chimpanzé e ser pré-histórico, com um bebé doce e perfeito no regaço, a mamar, de fralda e com dois sacos no chão, com possíveis objectos modernos necessários para a criança. A escultura é feita em silicone, fibra de vidro, pele e cabelo humano.
Almoçámos um bom bife partilhado, no "Scoozi", na Rundell Street, onde fomos parar depois de volta e meia no City Loop.
Continuámos, depois, a pé e fomos encontrar a animação no Rundle Mall, a zona pedonal que fica no caminho até ao hotel.
O "Adelaide Fringe" começa esta noite e alguns artistas aproveitam para o antecipar. É sexta-feira e começa o fim-de-semana.
No hotel, descansámos um pouco, recolhemos as malas e tivémos alguma dificuldade em arranjar taxi onde coubesse toda a nossa bagagem. A maioria dos carros é a gás e a botija ocupa parte da bagageira. E é fim-de-semana, além do Festival a começar.
Conseguimos um indiano do Punjab, que já esteve em Sydney mas gosta mais da calmaria de Adelaide. É jovem e desenrascou-se, colocando a mala nova do Ricardo e da Joana, à frente, "entalando" o Ricardo. Não conhecia o "Good break, good horn and good luck", o lema para ser bom condutor em Deli. Achou piada e memorizou.
E ala para Melbourne, num voo de uma hora e um quarto!

* * * 


9 comentários:

olinda disse...

E por aqui passeei,fascinada como
sempre!
Paisagem,praia,as casas de Adelaide...
Acredito que se devem ter perdido
no State Library e Art Gallery!
Fiquei maravilhada com a Big Mother!
Sinto-me contente por ser descendente de tal mãe.
E o vinho australiano,que tal?

Maria Julia disse...

E vim, correndo, para ver praia...falou em Adelaide!!!


Vi tudo bem, e amei. A Big Mother, também me impressionou muito, mas voltarei com mais calma, como gosto, para os meus pormenores...

Beijokinhas e Parabéns à narradora e ao fotógrafo.


Juju.

cota13 disse...

Um GRANDE ABRAÇO.
Coisa LINDA.
Um GRANDE ABRAÇO.
Tonito.

DOM RAFAEL O CASTELÃO disse...

Gostei, mas gostei a sério!
E muito de Adelaide, não fosse o nome de minha AVÓ!

CASCATA DE LUZ disse...

Fantástico desde as fotos ás belíssimas explicações . Muito interessante, adorei tudo e ....a 3ª e 4ª fotos vão parar às minhas telas ! com a devida autorização do autor , está claro rsrsrsr.
Continuem a deslumbra-nos .

PS : Parece que escapei da multa . Uff !

Grande beijo para ambos e parabéns .
Jane Andresen

Jane

Anónimo disse...

Belissimas fotos com textos bem elucidativos, gostámos imenso.
Um abração.

Luís e Fátinha

Anónimo disse...

Para escapar á multa vim a correr,
gostei mais de Adelaide, mas dada a pressa não posso fazer as devidas apreciações que guardarei para 1 outra ocasião com mais calma.
Um beijo para os dois
LILI

Anónimo disse...

Que maravilha!!!
Parabéns!
E assim...vamos dando a volta ao mundo!!!
Multa rasgada.ok?
Abraço
Zé Leitao

celeste maria disse...

Obrigada,amigos.
Tudo tão lindo!!!
E esta?Ir a Canberra comer um pastel de nata?!
GOSTEI MUITO.