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sábado, 29 de agosto de 2009

4 DIAS NO DESERTO DE ATACAMA

O DESERTO DE ATACAMA

CHILE - Agosto 1998


O deserto chileno, no norte do país, é o mais seco deserto do Mundo (menos de 30% de humidade relativa) composto por salares, areia e lava.

Fica numa enorme depressão, entre a Cordilheira da Costa e os Andes.
Chegámos a Calama, capital da região de Atacama, de avião, vindos de Santiago do Chile e um pouco perdidos. Só tínhamos reservado hotel em San Pedro de Atacama e ainda não sabíamos como chegar lá.
Soubemos, depois, que toda a gente vai de camioneta, mas como bons citadinos, dirigimo-nos à praça de táxis, combinámos o preço (que não era caro, dividido pelos quatro – Isabel, Hilde, Alfredo e Daisy). O motorista aconselhou-nos o regresso no transporte público, porque era muito mais barato e esperaria por nós para um circuito à volta de Calama.
A vantagem do transporte privado é podermos parar onde queremos e mais facilmente obter informações.


A região é rica em cobre e possui a maior mina de cobre a céu aberto, Chuquicamata.


A caminho de Atacama


A caminho de Atacama


Parte da carga vinda das minas de cobre, caiu!


O Vale da Lua faz parte da Cordilheira do Sal e, para a apreciar, fizemos uma pequena paragem.


O Vale da Lua


O Vale da Lua


Uma Daisy no Vale da Lua!

San Pedro de Atacama é um oásis a 2.000 metros de altitude.

Na altura, o hotel Kimal era o melhor da cidade, composto por espaçosos apartamentos com paredes de adobe, com uma simpática entrada com telheiro e com mesa e cadeiras para sentar ao ar livre a ouvir os pássaros nas árvores despidas de folhagem. A secura é tanta que não se vêem moscas nem mosquitos e um pacote de bolachas aberto no primeiro dia manteve as mesmas rijas durante os quatro dias que aqui passámos.



Entrada do Hotel Kimal


A caminho dos quartos

À porta do nosso quarto!

As ruas, de terra batida, estavam desertas. As poucas pessoas com quem nos cruzávamos, pareciam hippies e com aspecto pouco limpo. Só mais tarde percebemos porquê. A terra é de uma poeira tão fina que se vai entranhando nas roupas e no calçado, à medida que caminhamos, ao longo do dia.

Cena de rua -1-

Cena de rua -2-


Cena de rua -3-

As casas, térreas, todas de adobe, algumas caiadas de branco.

Dirigimo-nos a uma agência de viagens local, a ”Desert Adventure”, para comprar os programas que já tínhamos planeado: o Salar, os geysers de El Tatio e o que mais fosse possível em dois dias completos e a tarde do dia de chegada. Lemos e assinámos as condições de segurança requeridas. Todos os percursos eram de dia inteiro. Para a tarde, aconselharam-nos a visita à Pukara de Quitor, a pé, a cerca de 3 quilómetros.

Fizemos o reconhecimento do local e almoçámos.


Os restaurantes, o “La Estaka” com comida italiana, o “Paacha”, que pertence ao nosso hotel e é um pouco mais requintado, a “Botilleria Atacama La Grande”.


Restaurante PAACHA (Isabel e Daisy)


A Igreja de San Pedro de Atacama, na sua singeleza de arquitectura mista colonial e índia, caiada de branco, data de 1577.


Igreja San Pedro de Atacama

Igreja San Pedro de Atacama

Visitámos o Museu arqueológico Gustavo Le Paige, com artefactos de olaria e outros, contando a história local das diversas civilizações que por aqui passaram. E as famosa múmias. Os mortos eram enterrados dentro de urnas de barro e mumificavam naturalmente, devido à secura do ar. Podem, assim ser facilmente datadas.


Múmia (Miss Chile)

A tarde foi aproveitada para a visita da Pukara de Quitor. Pukara, é uma cidade fortificada, pré-hispânica, anterior, mesmo, ao Império Inca. A de Quitor é do século XII e foi o último bastião índio contra Pedro de Valdívia e os Espanhóis.


A caminho de Pukará de Quitor (Hilde, Isabel e Daisy)

Pukará de Quitor -1-


Pukará de Quitor -2-

A noite é o mais difícil de passar… Não há televisão, nem rádio. A partir da meia-noite, não há iluminação em lado nenhum. Jantámos à luz das velas, em mesas corridas, confiando no que nos punham no prato, num pátio pejado de gente jovem. E teríamos que ir para o hotel antes da meia-noite se queríamos encontrá-lo, antes dos geradores se silenciarem


Casas de adobe em Toconao

No dia seguinte, com guia, saímos de San Pedro até Toconao, pequena povoação a caminho do Salar, que sobrevive graças à Quebrada de Jeria.


Igreja de Toconao

Aparentemente, a região é desértica e custa a crer que se possa sobreviver, mas…


Toconao

... descobrimos a quebrada!...

As quebradas, são depressões, no deserto, onde se conserva a água, com paisagens escondidas, lindíssimas, rodeadas por frondosa vegetação e árvores. E uma frescura deliciosa.

Toconao - Quebrada de Jeria -1-


Toconao - Quebrada de Jeria -2-


Toconao - Quebrada de Jeria -3-
O Salar de Atacama è uma depressão com uma área de 3.200 quilómetros quadrados. É um lago subterrâneo de águas salgadas, salobras, habitat de belos flamingos rosa.


Salar
Cristais de sal aparecem à superfície, devido a evaporação rápida.
O Salar é, também, o maior depósito de lítio existente no Mundo.

Salar - Os flamingos rosa!


O Salar e as montanhas
A 2.305 metros de altitude, o entardecer, aqui, é um espectáculo incomparável e inesquecível!...

Salar - Entardecer


Salar - As várias tonalidades do entardecer!
Ficámos até ao pôr-do-sol, em contemplação.

Salar - O pôr-do-Sol


Salar - O pôr-do-Sol

Salar - Já se vê a Lua!


Salar - Beleza natural
Se o Salar de Atacama deve ser visto ao entardecer, os geysers de El Tatio, pelo contrário, deve ser visitado ao amanhecer.
Fica a 100 quilómetros de San Pedro a 4.320 metros de altitude, por estradas “manhosas”, o que implica levantar às três e pouco da madrugada, fazer a higiene à luz das velas e sorver um chá de coca a ferver, para superar o frio e preparar para a altitude. Comer? Nem pensar: o apetite, a essa hora, é coisa que não existe.



EL TATIO (Daisy, Hilde e Isabel)

Depois de três horas de solavancos, parámos. De novo, os guias reforçam as regras de segurança de que tomámos conhecimento ao assinar o contrato, no primeiro dia. Os carros trazem um pequeno equipamento médico de que faz parte uma garrafa de oxigénio.

EL TATIO

Ainda está escuro e sem darmos conta, aparece uma poça de água fervente de onde pode sair um jacto e cada passo faz perder o ar, pelo que se deve caminhar bem devagar e com os olhos no chão.


EL TATIO - O Sol começa a nascer!

EL TATIO (Mais Sol, menos gaysers!)

Enquanto o sol não nasce, podem ver-se jactos de água e vapor (a aproximadamente a 85 graus centígrados) que se elevam, alguns, a mais de seis metros de altura, formando figuras várias

EL TATIO - Piscina Natural de água quente

Apesar da temperatura ser próxima dos 5 graus centígrados negativos, os guias cozem os ovos e aquecem o café para o pequeno-almoço na água.

Depois, o sol aparece e as fumarolas vão desaparecendo.

As piscinas de água quente (35 graus centígrados) convidam alguns ao banho.


EL TATIO -Depois do nascer do Sol

Depois, foi a descida, apreciando a paisagem. O rio gelado, os cactos centenários, as vicunhas.

EL TATIO - Rio gelado

Cacto centenário
No dia seguinte, como os outros turistas e como os locais, apanhámos a camioneta para Calama onde nos esperava o nosso amigo motorista com um programa de circuito à volta da região.


Igreja de Calama

A cidade é bem maior do que a encantadora San Pedro. Não é tão bonita, mas tem uma bela praça com igreja de arquitectura contemporânea e um coreto. É aqui que os mineiros vivem e toda a cidade foi construída para a satisfação das suas necessidades, com residências modestas, motéis, restaurantes e mercado.

Perto de Calama, ergue-se o Monumento aos Mártires do Paredão do Deserto, que homenageia os heróis da independência da Bolívia em 1825.
Calama - Monumento aos mártires

Em Lasana, fomos visitar a escola local. No meio do deserto, além da leitura e da escrita, ensina-se a prevenir os acidentes e a trabalhar a terra.

Meninos da Escola de LASANA
A Pukara de Lasana é uma fortaleza do século X. Entre as suas paredes existem ainda muitas múmias enterradas e devidamente sinalizadas pelo Serviço de Arqueologia.

LASANA



PUKARÁ DE LASANA -1-

PUKARÁ DE LASANA -2-
Entre Lasana e Chiu-Chiu, encontram-se zonas de petroglifos também sinalizados, e rebanhos de vicunhas.


Rebanho de vicuñas
Por uma paisagem completamente desértica e plana, fomos conduzidos à Lagoa de Inka-Colla. É uma grande lagoa de águas azuis, no meio de uma zona árida, sem qualquer ponto de referência para ser encontrada, mas que o nosso motorista mostrou não ser a primeira vez lá ia. Diz-se que Jacques Cousteau aqui mergulhou e “não encontrou fundo nem ser vivo”!... O nível das águas tem-se mantido o mesmo desde sempre, apesar do calor abrasador.

Diz a lenda que veio um índio do Alto Peru (um inca), que se apaixonou por uma índia colla. Desse amor, nasceu um filho. Mas um dia, o índio inca partiu. Prometeu voltar e não voltou. A índia chorou o seu desgosto e afogou-se com o fruto do seu amor nas águas das suas lágrimas e ficou a lagoa.

Lagoa INKA-COYA



Igreja de CHIU-CHIU -1-

Igreja de CHIU-CHIU -2-


Igreja de CHIU-CHIU (os túmulos)
Chiu-Chiu com a sua igrejinha de São Francisco, de 1611, caiada de branco e com os seus túmulos originais, foi a última paragem antes do aeroporto de Calama. Para novas viagens.

**** F I M ****

21 comentários:

Maria Julia disse...

Pois, pois, meus amores! Adorei a narraçao da Daisy, em relaçao à historia do Deserto de Atacama, mas aí é que ninguem me levaria!!! Detesto locais secos e áridos. Gostei de os ver em fotos claro, e tudo que tinha água gostei sim!
Evidentemente que nunca seria atraída a visitar desertos, pois já detesto ter de calcorrear todo o deserto alentejano, para chegar ao Algarve!!!
Os geysers e a quebrada com o Salar de Atacama, a piscina natural de água quente(35 graus), a Lagoa de Inka-Cola, com os seus flamingos rosas, mais sabendo que por lá mergulhou Jacques Cousteau, e a história da índia colla que se lá afogou com o fruto do seu Amor deliciou-me...
El Tatio e o lago gelado-brrrrr!!!
Também adorei os rebanhos de Vicunhas que se nao tivessem dito o que era, perguntaria, fora todo o cenário à sua volta que me constrange!!!...
E para finalizar, e para ti Daisy, nunca me disseste que andaras na lua!!! Eu também ando muitas vezes, e até digo, nao me chateiem que agora estou na lua, toda nua...
Ao que me nao referi, foi por nada me dizer-gostos...pois é???
Amo-vos, como sempre e cada vez mais!

Júju.

Anónimo disse...

Como bons aventureiros e apreciadores de paisagens e culturas tão diversificadas aqui ficou mais um registo que valeu ver
e ler...

Tal como a Juju as paisagens áridas e elevadas temperaturas não
me entusiasmam.

As pessoas viverão com dificuldades enormes a todos os níveis?

E vamos esperando por mais encantos turisticos.

Olinda

cota13 disse...

Alfredo agradeço mais esta viagem que fiz ao vêr estas fotos.
Um Grande abraço para os dois.
Tonito.

Quito disse...

Maravilhosas fotos.
Obrigado Daysi e Alfredo por as terem compartilhado com os amigos.
Um grande abraço da nossa parte, não da Beira Baixa, mas do Algarve onde nos encontramos.
Os amigos
São e Quito

Anónimo disse...

Obrigada!

Que fotos fantáticas... Como sempre!

Beijinhos e saudades para ti e para a Daisy

Isabel

Anónimo disse...

OBRIGADO
JÁ ESTÁ NOS MEUS FAVORITOS
ABRAÇO

TORRES DE MENEZES

DOM RAFAEL O CASTELÃO disse...

~Têm que ser apreciadas sem pressas!
São imagens maravilhosas...e por onde vocês andaram!!!!!
Mas assim também fiquei a conhecer...

Carlos Viana disse...

Ora vão se lá lixar mais o Atacama!
Percorrer meio mundo para ver meia dúzia de flamingos...
Ter que jantar à luz da vela...
Tanto trabalho para ver a Chuquicamata...
Tanta canseira para ver uma misse transformada em múmia...

Para ver desertos, não precisavam de ir tão longe. Bastava atravessarem o Tejo. Se não sabem ao que me refiro, perguntem ao Mário Lino. Se não sabem quem é o Mário Lino...Paciência! Voltem a Atacama, que eu vou Atéacama.

Carlos, O Despeitado

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Parabéns, meus amigos, por conseguírem escapar das rotinas turísticas, por procurarem conhecer alguns cantos do mundo absolutamente ignorados pela maioria das pessoas. Parabéns pela vossa ânsia de conhecer o desconhecido e pela disponibilidade de o transmitir aos amigos.
Pela minha parte, obrigado.

Carlos, O Piegas.

Anónimo disse...

Obrigada, Primo, pela viagem!

NAZARÉ

Anónimo disse...

Fotos e escrita lindas feitas por Pessoas lindas.

Beijinhos para ambos
NELA

carlos costa freire disse...

Meus queridos Daisy e Alfredo
Obrigada pela magnifica obra fotografica que fizeste e alem disso os parabens pelo magnifico passeio que deram, a contar com aqueles todos que o Alfredo já me ralatou.
Casal como vós há poucos,que gostam tanto da natureza,realmente estou como o Rafael isto precisava de uma secção explicativa,com os momentos que viveram com os vossos amigos,aliás se bem se recordam eu fui um dos que propus.
Alfredo o mês de Agosto foi atribulado com férias e trabalho á mistura na próxima 5 .feira (3) vamos para Trondheim lá para a Nóruega fazer mimos ao Nuno vimos dia 9,alem disso já teve a gripe A mas já está bom.
Daisy e Alfredo um xi muito grande destes vossos amigos
Ana e Carlos

Rui Felício disse...

Depois de saborear tantos locais para mim desconhecidos, fora dos roteiros turísticos convencionais, ilustrados pelas excelentes fotografias do Alfredo que nos fazem crescer água na boca, não pude deixar de me deliciar com o fino humor do Carlos, em comentário aqui escrito, que joga com as palavras como poucos.

Rui Felício

Alfredo Moreirinhas disse...

Estou muito contente! Muito feliz!
Bem sei que quase vos obriguei a vir dar uma espreitadinha ao Blog!!! Mas não estou nada arrependido! Gosto das vossas palavras e a Daisy também!
A Jú e a Olinda estão sempre na 1ª fila, obrigado! São e Quito e Tonito desta vez tb vieram dar uma espreitadela, que bom!
À Isabel, Menezes, Fernando, Nela Carlos Freire e Nazaré, também agradeço a visita e as simpáticas palavras!
Agradeço a visita do Rui Felício, é uma maior valia para este blog!
Ao Carlos Piegas ainda bem que há quem entende o tipo de férias que nós gostamos de fazer. Obrigado!
Finalmente, ao Carlos Despeitado, quero avisar que não se esqueça que EU SOU O DONO deste Blog qulaquer dia tiro-lhe o piu! Aliás, não é nada a que ele já não esteja habituado!!!
NÃO! Nunca o farei, até porque gosto da sua escrita. Uma delícia!!! O curioso é que quem o vê na rua, nunca imagina que esteja ali uma pessoa tão talentosa! Não se dá nada por ele e afinal!!!...

A todos Obrigado,
Alfredo e Daisy

Anónimo disse...

Comentário Recebido por email:
*****************************
Alfredo e Daisy:

Continuam a superar as expectativas no vosso blog. Estive uma semana sem ir lá e eis que ontem fui visitá-lo e vi que avançaste imenso.
Gostei da crónica do Deserto de Atacama, já tens uns colegas meus que são tímidos seguidores.
Vê este site, recomendado no Jornal de Letras, muito interessante, sobre diários de viagem (moleskines muitos deles) que são aproveitados para desenhar e não escrever!
Percorre alguns autores e vê as imagens, uns anónimos outros nem tanto, e ficas a desejar ter jeito (desconfio que tens) e paciência para fazer o mesmo enquanto viajas.
http://www.diariografico.com/index.htm

Bj
Joana

Anónimo disse...

Óptima viagem, belas fotografias.
Sempre tiveste jeito para a coisa...um abraço.

Luís Cabral e Fátinha

celeste maria disse...

Olá Daisy
Olá Alfredo

Mais uma belíssima visão dum mundo para mim totalmente desconhecido!

Encantam-me as imagens!
Encanta-me a escrita!

Fico a saborear e quedo-me sem saber o que dizer...

Simplesmente:OBRIGADA.

Teresa B disse...

Desta vez, tive de ver e fazer 'revisão da matéria' umas vezes...Ao contrário da Juju, o que não me agrada nada são os locais muito frios, o calor não me assusta.
Fico cheia de inveja das vossas viagens, mas estejam descansados, que rezo logo o tira maus olhados, para que possam continuar a mimar-nos com as vossas belíssimas fotos e descrições...

Beijos grandes para os dois!

Teresa B

Tó Ferrão disse...

Caros Alfredo e Daisy

Só hoje tive oportunidade de me deliciar com esta "travessia" do deserto de Atacama.
Excelentes fotos, dentro da qualidade a que já nos habituaram.
São espaços como este, que nos dão muito gozo e prazer visitar e "alimentar".
Quanto à qualidade da viagem está perfeitamente "defendida" por quantos já comentaram.

PS - Só para a Daisy - Ontem, tive que aceder ao site da TMN por questões de trabalho. Para meu espanto e surpresa deparei-me com um msn teu de 06 de Julho em que carinhosamente me davas os parabéns.
O meu telemóvel não suportou a tua mensagem que trazia uma carinhosa imagem, e atirou-a para o "depósito" da TMN.
Fica a frustração por não te ter agradecido em tempo útil. De qualquer maneira mais vale tarde do que nunca. Um beijinho pelo teu mimo.

Abraço para os dois.

Anónimo disse...

Só lamento que não te tenhas lembrado de mim para me obrigares, também, a vir a este blog.
Descobri-o por acaso, mas gostei.
E, de castigo, só te digo quem sou depois de ver este comentário publicado.
Beijos para ti e para a Daisy de um anónimo amigo

Alfredo Moreirinhas disse...

Comentário publicado.
Já rezei 3 avé-marias e 2 pai-nossos, para me redimir de tamanho pecado!!!
Agora, cumpre a tua parte, diz quem és e como descobriste o blog.
Alfredo

abilio disse...

Sou o primeiro a lamentar só agora vir por aqui mas as voltas que as férias e o verão nos fazem dar alteram as prioridades pelo que espero que a paciência da vossa amizade me redima.
Quando tive conhecimento da reportagem da vossa visita pelo inóspito deserto de Atacama fiquei com enorme curiosidade em conhecer a vossa visão dessa terra do fim do mundo.
E esta curiosidade radica-se no conhecimento que tinha da aridez impiedosa desse deserto, pela descrição de Isabel Allende (Inês de Minha Alma) em livro que li há algum tempo e que descreve a pare das encruzilhadas de uma grande paixão do conquistador espanhol das terras do Chile, Pedro de Valdívia, as atrocidades da conquista e a luta desigual e corajosa dos índios araucanos na defesa do seu território.
Para além da surpresa que deve ter sido tamanha secura do deserto, a vossa interessante e admirável descrição reflecte um espírito de aventura invejável. Estou certo que poucos arriscariam sair às três horas da manhã, numa terra sem luz, para encetar uma viagem pelo meio do nada para ver os gaysers de Tatio e o nascer do sol. Só vós. Estão de parabéns e obrigado por partilharem as vossas férias.
Abílio Soares