CROÁCIA - ÍSTRIA

Opatija, Porec, Rovinj, Pula

17 e 18 Junho 2014


De Lisboa a Zagreb são pouco mais de 3h.
No aeroporto da capital da Croácia, encontrámos literatura em português no Turismo!
A Croácia é um dos 7 países que resultaram da desagregação da Jugoslávia depois da morte de Tito e de muitas guerras que pareciam inconcebíveis. Tem 56,538 quilómetros quadrados, quase 4,5 milhões de habitantes, 1185 ilhas e é banhada pelo belíssimo Mar Adriático, um dos menos poluído do Mundo.
O carro esperava-nos na Avis e foram 179km percorridos no escuro até OPATIJA, 

na entrada da Península da Ístria, onde tínhamos reservado quartos no "Remisens Premium Hotel Ambassador", na Feliksa Pérsica.

Opatija é o balneário croata da Belle-Époque, 

cujo nome significa "abadia" e foi local de veraneio dos Habsburgos a partir de 1856 (quando foi construído o primeiro hotel à beira-mar). Tem um promenade de cerca de 12km, o Lungamare, 

que se vê da varanda do quarto, acompanhando a Baía de Kvarner.

Depois de um pequeno-almoço compatível com as 5 estrelas do hotel, com vista para a Baía, seguimos para POREC por estrada estreita e alguns túneis, o maior dos quais, o Túnel Ucka, tem 5060m. 

Paga-se portagem (cestarina) em quase todas as estradas, mas não é muito caro.
A aproximação da cidade, com o recorte da Basílica de Santo Eufrásio 

e o casario à beira da água, mostra a beleza do local. Ruas estreitas com janelas floridas

e lojas de souvenirs. 

A gravata croata… 

parece que foram os croatas que inventaram essa tira de tecido que se coloca à volta do pescoço dos homens, e daí o nome!

A Basílica de Santo Eufrásio 

ou Catedral-basílica da Assunção da Virgem Maria, faz parte do Património Mundial da UNESCO desde 1997. A basílica actual foi construída no século VI, no tempo do Bispo Eufrásio, sobre uma outra mais antiga. Faz parte do complexo que inclui o Batistério octogonal do século VI, a Torre do sino do século XVI, o Átrio colunado, a Residência do bispo do séculoVI e a Capela memorial. Pagámos 40 kuna (cerca de 5,5 euros) para a visitar. 
O átrio das colunas proporciona belas fotografias, 

com o batistério octogonal, 

a torre sineira e uma das fachadas da igreja.

No jardim, alguns restos de mosaicos, com o símbolo de Jesus Cristo, o peixe.

Subimos à torre sineira para ter uma visão da cidade.

O mais belo do complexo é a igreja, 

com mosaicos belíssimos do século VI que são considerados dos mais ricos exemplos de Arte Bizantina no Mundo. Representam Cristo segurando um livro aberto com as palavras Ego Sum Lux Vera 

e os Apóstolos 

por cima da Virgem Maria sentada no trono, com o Menino. 

No arco circundante, o cordeiro de Deus ladeado por 12 mártires femininas. Também cenas da Anunciação

e da Visitação.

As belas 18 colunas gregas de mármore são decoradas com motivos animais 

e vegetais 

e os arcos entre elas têm trabalhos em gesso.

Pedonais, as ruas continuaram a encantar-nos.
A poucos menos de uma hora, ROVINJ, recortada, também, à beira do Adriático, sobressaindo

o pináculo-torre de Santa Eufémia, virgem mártir deitada aos leões pelo imperador Diocleciano no ano 304. A catedral, Barroca, é de 1736.
Arriscámos estacionamento de duas horas (10 kuna) e fomos até à beira-mar, 

onde almoçámos, numa esplanada (massas e pizzas). 

Santa Eufémia, lá em cima, virava-nos as costas e apontava para o Adriático…

Passámos pelo Mercado 

e subimos pelas ruas cheias de charme 

desta vila piscatória a que o turismo dá vida. Pormenores encantadores 

e a calçada escorregadia obrigam-nos a andar devagar.

Subindo-subindo, chega-se à bela igreja 

com fachada de 1883 com a Torre ao lado, 

de 60m de altura, que lembra a de São Marcos, em Veneza. Foi construída entre 1654 e 1680 segundo o plano de Antonio Manopola. No topo, a escultura de Sta Eufémia.
Com cuidados dobrados, a descer (a calçada brilha!), continuámos a deliciar-nos com os pormenores 

e chegámos ao Arco de Balbi 

do século XVII com uma cabeça de um turco de um lado e de um veneziano do outro e que marca a entrada na Cidade Velha. E desembocámos na praça

que é testemunho da antiga presença veneziana.

Mais uma hora e estávamos em PULA.

A cidade é famosa pela sua Arena ou Anfiteatro 

que é o sexto maior do Mundo, mandado construir por César Augusto no ano 31 aC e terminado no ano 14 dC.

Nos subterrâneos, por onde as feras eram encaminhadas até à arena até ao ano 400 dC, estão tesouros retirados de navios afundados.

O passeio a pé levou-nos até ao Arco de Sergii ou Arco do Triunfo de Pula, 

mandado construir por uma família que perdeu os seus três filhos nas guerras. Atravessando-o, achamo-nos junto da estátua de James Joyce 

(muito à maneira do nosso Fernando Pessoa, no Chiado), no café frequentado pelo poeta.
As ruas, enfeitadas com os guarda-sóis coloridos,

também nos faz lembrar outras ruas, em Águeda, Portugal. Também assim enfeitada,

está a Praça do Forum, 

onde está o Templo de Augustus 

com colunas coríntias de 8m de altura e o Palácio Comunal e os edifícios dos séculos XVII/XVIII.

Como despedida, a Catedral da Assunção da Virgem Maria, 

com fachada clássica de 1712, no local onde existiu outra  do século IV. A Torre sineira, barroca, construída com pedras da Arena, foi acrescentada posteriormente.

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