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quarta-feira, 27 de maio de 2009

VOLTAS AO MUNDO DE A a Z

Amigos,
Muito obrigado pelas vossas simpáticas palavras.
Amanhã vou de férias para os Estados Unidos e Canadá. Mas antes de ir, vou iniciar hoje um projecto que irá levar vários dias, semanas ou meses, ao qual eu chamo
"Voltas ao Mundo de A a Z"
Vou colocar aqui fotos de cidades e lugares relevantes e interessantes, onde já estive com a Daisy, percorrendo todo o abecedário.
Começo, obviamente, pela letra "A" e, como vivemos em Aveiro, aqui vai uma fotografia da Cidade, bem no centro, tirada através de uma janela do Edifício da Capitania.

AVEIRO, cidade da Ria e capital da Arte Nova, tem como ex-libris o Barco Moliceiro.


ALMEIDA - (Distrito da Guarda) É a Cidade da minha família materna.

Na fronteira com Espanha, a sua Praça Forte é das mais belas do mundo.
Os franceses encontraram, aqui, durante as Invasões, grande resistência.

ALCÂNTARA - (Julho de 2007)
No Estado do Maranhão, BRASIL, a 22Km da capital do Estado, S. Luís.
Chega-se de barco, sobe-se a Ladeira do Jacaré e encontra-se o Portugal dos sobrados e dos solares.
ALGARVE - Destino de férias de muitos portugueses.

Um pôr-do-sol que poucos devem ter visto.


AGRA - Índia (Agosto de 1996)

A cidade do TAJ MAHAL - A 8ª Maravilha do Mundo


ALICE SPRINGS - Austrália (Agosto de 2004)
No coração do deserto australiano, um oásis onde chegámos de carro, vindos de Darwin, ao som, no rádio, de músicas dos anos 60.




quinta-feira, 21 de maio de 2009

VENEZA, O CARNAVAL - 5º E ÚLTIMO DIA

21 Fevereiro
4ª Feira


Às 15.35 horas, vêm buscar-nos para o aeroporto.
Depois de tudo arrumado, saímos para ir, de novo, ao Gueto que, afinal, é tão perto do hotel (…) e ao
Campo dei Mori e à casa onde nasceu Tintoretto.












Atravessámos a Ponte Scalzi, depois a Ponte Giuglie e a bonita ponte de ferro até Gueto Nuovo. Seguimos em direcção a Madonna dell’Orto, com um campanille com uma cúpula em forma de bolbo. Dedicada a São Cristóvão, possui muitas obras de Tintoretto, que era paroquiano desta igreja.


Madona Dell'Orto





O Campo dei Mori é um largo com três toscas figuras de mouros, que seriam três irmãos (Mastelli) que teriam vindo do Peloponeso, negociantes de seda, que se refugiaram em Veneza em 1112 e construíram o Palazzo Mastelli.

Campo dei Mori






Virando a esquina para Fondamenta dei Mori, junto ao Canal, está a casa onde viveu Tintoretto com a família.
Casa de Tintoretto


Entre Ferrovia e San Marco

Atravessámos o Sestiere do Castelo, uma grande caminhada, até San Marco, hoje bem calma, com o chão molhado pela “chuvinha molha tolos” que nos surpreendeu esta manhã mas que, felizmente, foi só para assustar e obrigar a trazer o guarda-chuva do hotel.

San Marco

Fotografei Santa Maria della Salute, do lado de lá do Canal, sob a neblina.
Almoçámos em Rialto.



Santa Maria della Salute


De regresso ao “Antiche Figure”, atravessámos Rialto, fizemos mais fotografias do Canal e parámos em frente à Igreja San Giacomo de Rialto, para fotografar o curioso relógio de um só ponteiro que, diz-se, não é muito pontual (…). Foi instalado em 1410.





Relógio da Igreja San Giacomo de Rialto

Todas as praças de Veneza (Campo) têm um poço. Já os apreciava desde as aventuras de Corto Maltese… e fotografei os mais bonitos.





O encanto especial de Veneza, não se esgotou. Não se esgotará nunca.

Até outro dia, Veneza!

Fim.

terça-feira, 19 de maio de 2009

VENEZA, O CARNAVAL - 4º DIA

20 Fevereiro
3ª Feira
Decidimos ir, esta manhã, ver a exposição de Picasso “Picasso La Joie de Vivre, 1945-1948”, no Palazzo Grassi.
O recepcionista (continua impecavelmente vestido), ensinou-nos como vão os venezianos para San Samuele… Virámos imediatamente à esquerda do hotel, numa rua estreitinha, onde não passam turistas. Direitos à Igreja de S. Rocco. Aqui, entrámos. As paredes e os tectos estão recobertos por pinturas de Tintoretto (1518-1594), que foi confrade da Scuola Grande di San Rocco. Além de Tintoretto, estão presentes, também, obras de Sebastiano Ricci, Giuseppe Angeli, Pordenone e outros.

IGREJA DE SAN ROCCO

Caminhámos até ao Campo de S. Tomá e, aí, por um euro,atravessámos o Gran Canalle de gôndola. Como fazem os venezianos.


CAMPO DE SAN TOMÁ

Depois, ala até ao Palazzo Grassi, que foi comprado e restaurado pela Fiat e é uma galeria de Arte. Vários pintores da Colecção François Pinault, uma selecção Post-Pop. Entre eles, Jeff Koons, que foi casado com Schicholina, com esculturas em aço inox com cores fortes. Na fachada virada para o canal, está um cão como que feito de balões…Na sala, a lua (Moonlight Blue) e a escultura, busto de Jeff e Ilona (1991).


PALAZZO GRASSI e ESCULTURA DE JEFF KOONS

De Picasso, foi a maior exposição que já vimos. Desenhos (centauros, mulheres, cabras), óleos, escultura em cerâmica e travessas com temas de touradas e touros. E, claro, o próprio quadro “La joie de vivre”, que dá o nome à exposição. A maioria das obras é do Museu Picasso em Antibes, no sul de França. Algumas, poucas, de colecções particulares aqui de Veneza. Também algumas fotografias de Picasso, feitas por Michel Simas. Valeu a pena.A pé, sempre, até à Ponte dell'Academia, a terceira ponte que atravessa o Grande Canal, que ainda não conhecíamos. (As outras, são Rialto e a Degli Scalzi, junto do nosso hotel, que liga a Estação a Santa Croce).
PONTE DELL' ACADEMIA
3 fotos tiradas de cima da Ponte dell'Academia


Da Ponte della Academia, até San Marco que é, hoje (e sempre…) o centro do Carnaval. Mas, antes, almoçámos. Já estamos “queimados” com as confusões. De longe, uma vista geral.

PONTE DE RIALTO

A saborear um gelado, fomos observando a praça a encher, a fervilhar. Às 16.30, forma-se uma mascarada, a partir de Ferrovia até San Marco. O melhor, é assistir de varanda, no quarto do hotel. E, calmamente, passeando, fotografando os recantos, até ao “Antiche Figure”…A “mascarada”, eram uns vinte figurantes que mais pareciam uma arruada de Carnaval em Portugal. “É um grupo de samba de Ovar!...”, dizia o Alfredo.Só saímos para jantar no “Marciana”. Foram as primeiras pizzas a sair e, por isso, estava um pouco queimada a massa, o que nos valeu um desconto de dois euros, graças ao empregado simpático, sempre atento.O Carnaval de Veneza encerrou com fogo de artifício, em San Marco, às 23.30.
E hoje é o último dia das máscaras.














(continua)
amanhã será o último dia

sábado, 16 de maio de 2009

VENEZA, O CARNAVAL - 3º DIA

19 Fevereiro
2ª Feira
De manhã, não era a Helena que estava na recepção, era um colega vestido à século XVI, com uma bela cabeleira branca debaixo chapéu e a gola rendada a sair do fato justo azul (o Alexandre). Sim, a Helena tinha-lhe falado na reserva de bilhetes para a visita do Palácio Ducal. Ia tratar disso imediatamente. Pelo telefone, reservou para as 11.30 horas.
Tudo bem. Era cedo. Iríamos de vaporeto até San Marco. Apanhámo-lo do lado de lá da Ponte Scalzi, ali mesmo, em Ferrovia.
San Marco estava calminha. Bom para um belo passeio, para fotografar o Campanilli, as Colunatas, as esculturas do pórtico central da Catedral, São Marcos e os Anjos, os Tetracas (que representam Diocleciano, Maximiano; Valeriano e Constâncio), os mosaicos da fachada (que beleza!...), a Torre do Relógio. O Palácio dos Doges. A Ponte della Paglia e, outra vez, a Ponte dos Suspiros e as esculturas (pequenas) nas laterais da fachada principal do Palácio dos Doges (a
embriaguez de Noé e Adão e Eva).



Muitas máscaras passeando e posando para os fotógrafos.
Fotografámos muitas. Foi a principal razão porque viemos nesta época.
Nas informações do Palácio dos Doges, tínhamos a nossa reserva. Comprámos os bilhetes e, antes da visita, ainda deu para espreitar o Caffé Florian, frequentado por Byron, Dickens e Proust…
Um pouco antes da visita guiada, entrámos.
Escadaria dos Gigantes (Marte e Neptuno)

Palácio dos Doges
O Pátio tem dois poços em bronze (séc. XVI) que são considerados os mais belos de Veneza, com figuras escultóricas muito interessantes.
Na Escadaria dos Gigantes (Marte e Neptuno – esculturas executadas por Sansovino em 1567), chamaram-me a atenção alguns pormenores no início dos corrimãos.

A guia chegou, entretanto. Iria fazer connosco o “Itinerari Segreti” ou Itinerário Secreto, uma visita sinistra pelos escritórios, chancelaria, sala da Inquisição, câmara das torturas (na Sala dei Tre Capi, sala das três cabeças do Conselho dos Dez, fomos brindados com os pormenores da tortura da corda até o prisioneiro -confessar…) e prisões.
Estivemos na cela onde Casanova permaneceu, por ofensas à moral (dormia com uma freira que era filha de um nobre…) e de onde fez uma fuga espectacular, à custa de muitos subornos (…)
Adão e Eva


É cerca de uma hora e meia por lugares sinistros, gelados e sem luz. E no meio da confusão (salas e salinhas e mais escadas e escuridão, e portas que se vão fechando sem hipótese de retorno…) perdi o Alfredo!... A guia, em inglês, perguntou se estávamos todos, depois de lhe ligarem para telefone. Julguei que o Alf estava atrás de todos, e fui deixando passar os 25 do grupo para outro compartimento, para me juntar a ele. E ele não apareceu. Lá fui a correr atrás da guia: “Sorry, sorry, I lost my husband!...” O circuito continua bastante secreto: ninguém entra sem guia e as portas vão sendo fechadas, num labirinto! Mas depois de uma ligação ao guarda, no exterior, lá apareceu o Alf!...


À entrada do itinerário, ainda no exterior, existe um alto-relevo, a “Boca di Leone” (uma face de boca aberta), usada para introduzir cartas com denúncias. Se estas fossem anónimas, seriam queimadas imediatamente (seriam?)
Boca di Leone

Depois, ficámos por nossa conta. E a visita foi mais agradável e bela. Passámos a Scala d’Oro, Sals delle Quatro Porte com frescos de Tintoretto, Anticolegio, Sala da Armaria, a esplêndida Sala Maggior Consiglio (Salão do Grande Conselho) e uma série de corredores e escadas em direcção à Ponte dos Suspiros, que atravessámos, até às Novas Prisões, construídas em 1556 e 1596.
Era esta ponte que os condenados atravessavam antes de ser executados (daí, os suspiros…)
Ponte dos Suspiros
O almoço foi tarde, embora não tão tarde como ontem. Entre San Marco e Rialto, de novo, mas noutro restaurante.
Voltámos a San Marco, para apanhar o vaporeto, para ir visitar o Gueto. Até San Marcuolo e,
Catedral San Marco
Por dentro da Ponte dos Suspiros
depois até ao Gueto.
Gueto

Em 1516, o Conselho dos Dez decretou que todos os judeus de Veneza se confinassem à ilhota de Cannaregio. As comportas dos canais de acesso eram dirigidas por guardas cristãos. O nome de gueto deve-se a uma fundição (“geto” em veneziano) que existia no local. O termo generalizou-se. Só podiam sair de lá com distintivos que os identificassem e só lhes era permitido trabalhar no comércio de tecidos, empréstimos de dinheiro e medicina.Ainda hoje habitam lá judeus, como confirmámos. Vagueámos um pouco, depoi de atravessar a célebre ponte de ferro forjado por onde passavam os judeus. Fotografámos o exterior da sinagoga e confrontámo-nos com o terror do holocausto, no monumento ao mesmo. Para que não se esqueça o que parece que eles já esqueceram ou não querem recordar com justiça…Viemos de vaporeto até Ferrovia, mas bem que poderíamos vir a pé, porque é bem perto do hotel!...
(Continua)