ILHA do NORTE
1 a 5 de Março 2010
Desde Queenstown, foi uma hora e quarenta minutos até Wellington, a capital da NZ, na Ilha do Norte, desde 1865. Na altura, do meio de uma rainforest virgem, surgiram as construções de casas e de muitas quintas dos colonos que afluiram em crescendo.
Hoje, a cidade circunda o porto,
Lambton Harbour, protegida pela montanha, com as casas vitorianas encavalitadas nas encostas, parecendo favelas ricas!
Pelo Waterfront,
de taxi, até ao Holiday Inn, no centro da cidade, fomos apreciando a cidade e o cais.
Só quando chegámos ao hotel nos apercebemos de que deveríamos pegar o carro alugado que nos esperava no aeroporto!... De novo de taxi, dirigimo-nos ao aeroporto. Calhou-nos uma condutora maori que não sabia falar a sua língua porque as tias (professoras) a forçavam a aprender. Fartou-se de rir com o que nos aconteceu e tentou resolver o caso porque há uma Hertz na cidade. Mas em vão: o nosso carro é grande e não havia nenhum disponível no centro da cidade. Quando quisemos pagar, não quis receber porque se havia esquecido de ligar o taxímetro. Calculámos a despesa e insistimos no pagamento, ensinando-lhe a dizer "Adeus!" em português.
O tempo estava muito desagradável, com frio e vento.
Directos à Old St. Paul's,
a igrejinha gótica revivalista que me apaixonou a primeira vez que aqui estivemos, não conseguindo ver o seu belo interior, porque já era uma hora tardia.
Também a vista da cidade a partir do Jardim Botânico,
onde chegámos pelo Cable car,
em Lambton Quay, não teve o mesmo impacto.
O Lady Norwood Rose Garden,
esse, estava lindo, com as roseiras todas em flor.
O Parlamento, com a famosa Colmeia (Beehive)
e a belíssima Parliament Library,
continuam a ficar bem nas fotografias, mesmo tentando evitar a multidão de japoneses que gostam de ficar no "retrato".
Perto, o Old Government Buildings.
A visita relâmpago de Wellington, não podia deixar de passar pelo Te Papa Tongarewa,
o Museu da História e das Gentes, que também estava encerrado.
Fazendo a Oriental Bay com os seus belos edifícios coloniais
repetimos o restaurante, o "Fisherman's Table".
Peixe, muito bom, e um buffet de saladas, como ainda recordávamos.
As belas fachadas vitorianas
apaixonaram a Joana (como já me tinham apaixonado a mim...) que não se cansou de fotografá-las, mesmo na manhã seguinte, de corrida para o Norte.
Em Woodville,
parámos para um café, tendo, antes, fotografado o Canyon.
Em Napier, na Hawke Bay, no Pacífico, estava um dos pontos mais importantes da Ilha. Por causa de um sismo, em 1931, a maioria dos edifícios da cidade foram destruídos. Na reconstrução, os arquitectos foram obrigados a construir edifícios anti-sismo e adoptaram o estilo Art-deco, na moda na época.
A cidade é reconhecida internacionalmente por esses edifícios de cor pastel, motivos elaborados e linhas direitas.
Aí estão, o Daily Telegraph Building, de 1932,
o Deco Centre, de 1922,
que foi a Central Fire Station e, agora, é museu de Art-deco e loja.
Também o Teatro Municipal,
o Public Trust Building, o Masonic Hotel,
The Dome de 1936,
hoje com o "Starbucks" e o Cryterion Hotel.
Almoçámos num café de um italiano que o Alfredo convenceu de que deveria comprar café de Timor (East Timor) porque é o melhor do Mundo.
Às cinco da tarde, estávamos junto do Lago Taupo, a ver os cisnes negros
no maior lago da NZ de formação vulcânica.
Chegámos a Rotorua ao entardecer e ainda aproveitámos a fantástica luz do fim do dia, nos Governmemt Gardens e fotografar o Museu de Arte e História de Rotorua,
os Blue Baths,
a St. Faith's Anglican Church,
o Tamatekapua com a Meeting House construída em 1873, o portão de entrada da tribo Arawa
e o edifício do Turismo com a sua torre do relógio.
O jantar foi um buffet no hotel (Kingsgate Hotel), muito bom e a bom preço.
Às 9 horas da manhã, o alarme soou no hotel. e uma voz "Evacuate the building!". Pouca sorte! Outra vez?!? A mala estava fechada. Agarrámos nas mochilas prontas e na chave do quarto e batemos à porta do quarto da Joana e do Ricardo. Outra vez, mas desta vez só do 2º piso, descemos as escadas e saímos do edifício. Não era tão aparatoso como em Melbourne, apenas um carro de bombeiros. Os chineses, na maior, arrastavam as malas para os autocarros.
Aproveitámos e fomos tomar o pequeno-almoço ao centro da cidade, onde tudo estava sereno.
A visita à aldeia Wakarewarewa (Wakarewarewatanga O Te Ope Tava A Wahiao, de seu nome completo) foi um pouco diferente da de há 5 anos e meio. Uma guia maori já estava para além do Memorial Archway,
erigido depois da II Guerra Mundial em memória dos maoris que nela participaram.
Atravessámos a ponte (1885) e a visita continuou pelas fumarolas
e as casas pré-europeias.
Nesta aldeia vivem os descendentes das famílias que sobreviveram à erupção da montanha Tarawera em 10 de Junho de 1886. Foi um dos piores desastres da história da NZ. Os fabulosos Pink and White Terraces, a maior e primeira atracção turística da NZ, descrita como a 8ª Maravilha Natural do Mundo, foi destruída, assim como as habitações das tribos que viviam nas proximidade.
As nascentes de água quente, proliferam. No Rahui,
as pessoas cozinham e tomam banho. Korotiotio
é o lugar onde as nascentes vêm com mais calor à superfície.
De uma plataforma podemos ver os geysers mais activos da NZ,
entre eles o Pohotu, cuja altura varia entre 10-40 metros.
Wahiao Wharetipuna,
é a Meeting House em que a parte de cima representa a cabeça, as janelas são os olhos, as pernas e os braços são as colunas em carving wood e a parte central representa a coluna vertebral. Nas esculturas,
as cores também têm significado: o vermelho é sangue, o preto é espírito e o verde é Natureza.
No espectáculo, desta feita ao ar livre, porque é Verão, reconhecemos a Marion
e o Noel.
Eles já não vivem aqui, mas continuam a participar nos espectáculos para manter as tradições maori. Mas residem aqui 25 famílias que mantêm viva a história.
A exibição conta histórias de amor
e cenas de intimidação,
com os olhos rolados, língua de fora (as mulheres nunca o fazem...) e boas palmadas nas coxas, braços e peito (os homens).
Trinta quilómetros abaixo de Rotorua, fica o Wai-O-Tapu Thermal Wonderland
e voltámos a encantar-nos com a Piscina de Champanhe,
a Paleta dos Pintores
com as suas variadas cores devidas aos diferentes sais que as águas quentes contêm, a Casa do Diabo
e o sulfuroso Banho do Diabo,
uma grande cratera com sais ferrosos e sulfúricos que muda de cor, do amarelo ao verde, conforme a incidência da luz.
Ainda fomos ver as Piscinas de Lama (Mud Pools),
no Parque Florestal de Wai-O-Tapu.
Regressámos a Rotorua
para a fotografar com mais luz e seguimos para Katikati,
a cidade dos murais e da arte na rua.
Às 20 horas chegámos a Auckland.
Bem instalados no "The Langham", pedimos para nos reservarem um restaurante que estivesse aberto fora de horas. No "Kermadec", no cais, comemos linguado e uma entrada do tipo "gaspacho", com os cumprimentos do chef e pão molhado em azeite do bom!
Auckland fica entre dois portos e 48 cones de vulcões. É conhecida pela Cidade dos Marinheiros.
O Waitamata Harbour transborda de iates.
A descoberta da cidade da cidade foi feita no dia seguinte, não muito cedo, para poder descansar da longa jornada anterior.
O Auckland Domain
é o parque mais antigo da cidade. Visitámos os Winter Gardens
e o War Memorial Museum.
No Albert Park, o relógio floral, eléctrico, é de 1953, comemorando a primeira visita da rainha Isabel II à NZ. O coreto é de 1901.
Faz parte da Universidade, bem como o Old Government House,
que foi a primeira mansão em madeira. Foi aí que parámos para um refresco nos confortáveis sofás de uma das suas belas salas.
Depois, foi a Princess St.,
a pé, no Heritage Trail, para fotografar as casas vitorianas de comerciantes, agora pertença da Universidade e, outra vez, o Old Art Clock Tower Building.
A Sky Tower, ícone de Auckland, foi a visita seguinte, onde presenciámos a loucura do elástico,
com três japonesas projectadas a uma velocidade de mais de 200 quilómetros/hora a uma altura de 60 metros!... É o bungyride.
Subimos ao skydeck a 220 metros,
para observar a cidade lá do alto.
A 194 metros,
havia caminhantes (skywalk) e quem descesse até ao solo (skyjump)!
Em Parnell, a leste da cidade, encantámo-nos com o charme das casas antigas.
A 43 quilómetros, fica Puhoi, onde em 1860 se estabeleceram colonos da República Checa e é, hoje, uma espécie de lugar-museu, com igreja de St. Peter
e St. Paul, de 1881, algumas casinhas simples e muito bonitas
e um grande café/restaurante... e o rio.
Fizemos a bela Hibiscus Coast
e regressámos a Auckland, que nos aparece, à esquerda, como um bilhete postal.
Em Ponsonby, a oeste, proliferam as villas antigas muito bem restauradas.
Circulámos pelo cais, fotografámos o belo Ferry Building
e jantámos por ali.
Na manhã seguinte, resolvemos deixar o carro e apanhar o shutle do hotel.
Fotografámos novamente Edifício Ferry,
o Britomart Transport Centre,
a Customs House. Aí, cada vez que os semáforos das quatro passadeiras de peões ficavam verdes e as pessoas se cruzavam em todas as direcções, um homem com traços orientais, parava no meio, a gritar e com um cartaz
"Messiah has come"!
De carro, depois de regressar ao hotel no shutle, rumámos a Tamaki Road e almoçámos na praia, em Mission Bay.
Passeámos de carro pela St. Heliers Bay,
com as casinhas na encosta e rumámos ao aeroporto.
Adeus Nova Zelândia! Pela segunda vez nos deixa uma certa nostalgia e uma grande vontade de retornar!!!
5 Março 2010
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