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sábado, 2 de maio de 2015

USA - TEXAS



FORT WORTH, DALLAS e HOUSTON

29 e 30 Junho e 1 a 3 Julho 2011


A principal razão da nossa passagem pelo Texas, foi a visita a Amigos.
De LA a Fort Worth foram três horas de avião.
Estava um calor abrasador, apesar de serem 22h.
Levantámos o carro na Avis (outro SUV) 

e rodámos até Hurst,  
pequena cidade onde está o nosso hotel, o "Hampton Inn". 
Com a ajuda do recepcionista, mandámos vir duas pizzas porque não havia nenhum restaurante a funcionar, e jantámos numa das mesas da sala do pequeno-almoço onde a água fresca é gratuita!

Na manhã seguinte, a sobrinha do Ricardo, a Ana, veio tomar o pequeno-almoço connosco, depois de deixar a filha Mariana no infantário. A cidade onde vive, Fort Worth
é a 6ª maior cidade do Texas 
e fica a 48km de Dallas. Tem 534.694 habitantes. Iniciou-se como um acampamento militar em 1849, no final da Guerra Mexico-Americana, com o general Jenkins, tendo sido construído um forte para protecção dos ataques indígenas. Tornou-se no centro de movimentação de gado na trilha Chisholm, um trajecto empoeirado onde passavam milhões de cabeças de gado em direcção ao Norte. 

E, à noite, os saloons enchiam-se de música e confusão. Quando o petróleo foi descoberto no Texas, tornou-se caminho obrigatório para os Estados do Leste Americano.

A cidade está circundada por viadutos, num emaranhado, com carros a vários níveis.

Refugiámo-nos no ar condicionado do Modern Art Museum of Fort Worth
fundado em 1892, sendo o museu mais velho do Texas. A sua colecção permanente consiste em 2600 trabalhos de Arte pós-guerra. 


O actual edifício foi projectado pelo arquitecto japonês Tadao Ando e abriu em 2002.
À entrada, a grande torre "Vortex" de Richard Serra,
feita de duas lajes de aço de 67m de altura, retorcidas, curvas, com um peso total de 230 toneladas. É uma estrutura interactiva, ampliando qualquer som quando nos metemos dentro dela.
No jardim, esculturas de Moore 

e uma instalação branca, uma grande árvore de ramos vazios de folhas, "Weatherproof Steel" de 
que tenho a sensação de já ter visto uma versão no terraço do Metropolitan de NY.

A principal atracção, é a escultura da velhinha, muito realista, de Ron Mueck.


Na mesma área, Camp Bowie Boulevard, existem vários museus: 
Amon Carter Museum, 

Fort Worth Museum of Science and History, 

Cowgirl Museum 
e, mesmo ao lado do de Arte Moderna, o Kimbell Art Museum que também visitámos e que tem, em frente da entrada, uma escultura de Miró que nos surpreendeu!


Kay e Velma Kimbell doaram as suas obras e podemos ver Michellangelo, 

Fra Angelico, Matisse Cézane, Picasso, 
Munch, 

Turner, El Greco e Rembrandt.
Existe, em Fort Worth, um Quarteirão que é o "livro" da história viva do Texas, com edifícios do tempo dos cow-boys e da passagem das manadas. É o Stockyard National Historic District

com lojas, 

restaurantes, 

murais 

e esculturas alusivas. 

Ocorrem, aqui, pelas 16 horas, uma série de eventos como rodeos, cenas de rua e uma parada. 

Saloons, são vários.

A Sundance Square  
é o centro da Downtown de Forth Worth. Num parque de estacionamento, o mural "Chisholm Trail Mural", 
onde a manada parece sair da parede!

O calor é abrasador. As temperaturas ultrapassam os 40 graus centígrados.
O jantar foi um típico churrasco em casa da Ana e do Miguel.
No dia seguinte, a Ana acompanhou-nos na visita a Dallas.

O local do assassinato de JF Kennedy tornou-se, além de sítio de culto, num ponto turístico. 
O The Sixth Floor Museum 
era um armazém de livros, o "Texas Schoolbook Depository" e foi no seu 6º andar que Lee Oswald se escondeu para disparar sobre JFK, numa sexta-feira, em 22 de Novembro de 1963. 


Tem uma exposição permanente sobre a vida de John F. Kennedy, pequenos filmes, cartazes e fotos. Da janela, vê-se a Dealey Plaza,
localizada na Houston Street, entre a Elm e a Commerce Streets, construída em 1930. Na Houston Street destaca-se o Old Red Museum of Dallas County History and Culture.

Na Elm Street, duas cruzes assinalam o local onde JFK foi atingido pelos tiros.

Vi gente a chorar, dentro do museu, durante a exibição do filme do funeral.
O Wilson Block 
é um bairro histórico localizado em terra patenteada em 1838 pelo nativo John Crisby. Foi adquirido em 1898 pelo casal Wilson que construiu a sua residência na 2922 Swiss Avenue e seis outras casas. Vários líderes políticos de Dallas alugaram aqui as suas residências. As casas reflectem influências 
Vitorianas e Queen Anne.

Almoçámos no Dallas Museum of Art

A comida decepcionou-nos, mas as obras de Arte expostas não, nomeadamente a do Edward Hooper.

Brincámos com a grande janela enfeitada com flores e com a silhueta da Ana, muito grávida.

Dallas possui 19 blocos de museus, o Dallas Art District, o que nos surpreendeu, porque tínhamos uma ideia diferente dos interesses culturais e vivência dos texanos.
Voltámos a Fort Worth e jantámos no "Abuelo's", 
um bonito restaurante mexicano bem perto do nosso hotel. 
E despedimo-nos dos nossos amigos porque, amanhã, bem cedo, sairemos em direcção  a Houston.

A viagem, de 400km, não foi muito confortável.

Houston surgiu com grandes edifícios.

Íamos encontrar-nos com dois grandes amigos, que foram colegas do Alfredo na empresa, americana, onde trabalhou em Estarreja, 
o Bill Harrison e o Ben Renfro.
Marcámos encontro em casa do Bill, 
em Clearlake City

uma bela cidadezinha com casas bonitas  com relvados na frontaria. E à frente de uma delas, na caixa do correio, uma surpresa: o cartaz "Welcome Alfredo and Daisy". 
Uma ternura! Comovente, mesmo.

O Bill veio abraçar-nos à porta. 

Dentro, o Ben já tinha chegado e também esperava por nós.
Não os víamos há cerca de 25 anos, mas a Amizade manteve-se e valeu a pena fazer este desvio para os ver e recordar histórias antigas. Mantêm o amor pelo nosso país e o Bill (que ainda sabe muitas palavras portuguesas) tem, mesmo, uma bandeira portuguesa ao lado da do seu país, na garagem.

Ofereceram-nos uma refeição excelente na marina, no "Sundance Grill" 
explorado por um austríaco e despedimo-nos com saudade, dizendo-lhes que esperaríamos por eles em Portugal.

Ainda passámos junto do Johnson Space Center
mas já estava fechado. 

Fizemos algumas fotos do exterior e também do jardim próximo onde está uma réplica da cápsula de amaragem 

e dois Spitfires.

O calor não se compadecia com passeios a pé e acabámos no "Starbucks", aproveitando o wi-fi gratuito e o fresquinho do ar-condicionado.
Depois de uma noite no "Homewood Suites by Hilton", pouco simpático, 

voámos até Miami onde o lounge da TAP também nos decepcionou. 

E quando chegámos a Lisboa completávamos esta viagem, que começou em Miami e continuou para New Orleans, Las Vegas, Grand Canyon, Parque das Sequóias, Yosemite e Redwood State Park, San Francisco, Big Sur e Los Angeles, tendo feito 2 voos internacionais, 3 voos internos nos USA e cerca de 6000km de carro.





* * *

12 comentários:

Marinela St Aubyn disse...

Obrigada, Daisy e Alfredo, pela vossa gentileza em nos proporcionar estas viagens com uns guias esplêndidos.
Beijinhos e abraços para vós.
Marinela e Chico

DOM RAFAEL O CASTELÃO disse...

USA(S) TEXAS para te divertires!!!

Gostei de ver!

Viajei confortável!

Maria Julia disse...

Gostei desta viagem, por ter muitas coisas interessantes e amigos com atitudes comoventes(welcome Alfredo and Daisy)...
Amei a escultura de Miró, pois tenho uma grande "queda" p'la sua forma de Arte. Também gostei de ver as telas de famosos pintores, como Picasso.
Gostei de ver o local, onde o querido Kennedy foi morto e fiquei sem palavras...até hoje. fazem culto do seu trágico desaparecimento...
A curiosidade da réplica da cápsula da amaragem , também me atraíu.

Gostei de tudo, mas falei do que mais me ficou e a viagem foi de facto. muito longa...aqui não me cansei, mas vocês devem ter ficado exaustos, com as temperaturas climatéricas a "ajudarem"...

Obrigada, Alf e Daisy.

Beijinhos.

RI-RI disse...

Gostei!Texas não é só petróleo e a familia Bush!Interessante o SUV com uma matricula extra-terrestre.

Chama a Mamãe! disse...

Parabéns, Dayse e Alfredo por tantos conhecimentos, cultura e informações valiosas acumuladas durante essas fantásticas viagens.

cota13 disse...

Menino mais uma viagem que gostei.
Obrigado.
Tonito.

São Rosas disse...

Tantas lições numa só! Bem hajam.
Não me parece é que aqueles dois aviões no Johnson Space Center sejam Spitfires. É que esses aviões eram da Royal Air Force (ingleses, portanto) e eram a hélice. Que eu saiba (e pelo que confirmei nesta página da RAF) só foram produzidos e utilizados durante a II Guerra Mundial, não havendo nenhum modelo a jacto.
Se for lapso meu, a culpa é do Major Alvega.

celeste maria disse...

Pronto, já cheguei!
Vi tudinho e estou encantada.
A escultura da velhinha, o máximo!
Beijinhos, amigos Daisy e Alfredo.

Hilde disse...

Que maravilha.Adorava visitar tudo isso.bjs Hilde

Bill Harrison disse...

Thank you Alfredo and Daisy. We enjoyed your blog with photos very much!
Who knows, we may even come to see you in Portugal? Nos vamos ver.

Best Wishes,
Bill

Titá disse...

Não teria coragem de fazer uma viagem tão cansativa. Mas nestas circunstâncias, sem malas e sem calor foi muito agradável.

beijinhos aos dois

Saint-Clair Mello disse...

Bela viagem! Aliás, como sempre. Texto ágil, fotos perfeitas.