Domingo
Por volta das dez horas, saímos em direcção à Piazalle Roma, a dois minutos do hotel. Comprámos bilhete para doze horas por 13 euros. Embarcámos e fomos até Fondamente Nuove, onde apanhámos outro vaporeto para Burano, quarenta e cinco minutos, via Torcello.
Entre os passageiros, uma pequena dama mascarada, muito fotografada.
Ao chegar a Burano, as cores fortes das casas enchem-nos os olhares e estimulam as máquinas fotográficas. A pequena ilha é densamente povoada. As pessoas viviam da pesca e das rendas (as belas rendas venezianas eram daqui). Agora, as verdadeiras já quase não se encontram e são caríssimas.As pessoas, actualmente, vivem do turismo e da venda de rendas e bordados (algumas ainda feitas à mão, mas a maioria podem, também, ser vistas nas lojas dos chineses…). Outro artesanato são bijuterias com vidro de Murano, muito bonitas. Comprámos alguns pendentes e anéis.
Ao chegar, na praça grande, fomos acarinhados com uma sopa de puré de feijão e massinha, bem quente, o que fez aquecer o corpo, na manhã soalheira mas muito fria.
Não sei a que santo era a festa, mas também fez bem à alma. Os de Burano, sabem receber as visitas.
Numa hora e meia, percorremos as pequenas ruas, calmamente, fotografando as fachadas muito coloridas e as janelas floridas.
Além de vários mascarados.
No regresso ao cais do vaporeto, a praça da sopa estava vazia e limpa. Os visitantes que estavam a chegar, não tiveram a mesma sorte que nós!...
Em Fondamente Nuove, apanhámos outro vaporeto até San Marcos.
Lá chegados, nunca vi tanta gente junta na minha vida. Um mar de gente preenchia toda a praça e Ponte della Paglia. Aqui, um polícia, de um lado e outro, impedia a paragem. Qual foto da Ponte dos Suspiros, qual carapuça! Não parar, não parar, gritavam os guardas. Claro que ainda deu para uma paradinha. Mas a ideia era sair dali. É domingo, é Carnaval. Amanhã, estará melhor!...
Em vez de voltar ao vaporeto, fizemos a aposta na ida a pé para o hotel…Bichas e bichas. No meio da confusão, e não sei como, ainda deu para fotografar alguns dos mascarados que se passeavam.
Sair da Praça de San Marcos, em direcção a Rialto, foi a passo de caracol, sem conseguir dar passadas, mas arrastando os pés, colados ás personagens que iam à nossa frente.
Pela zona de Rialto, desviámos para uma rua estreitinha, atraídos pelo letreiro “Rosteria”. Seriam umas três da tarde, estávamos a almoçar.
Atravessámos depois a Ponte de Rialto e, muito devagar, como numa procissão, seguimos até ao hotel. As ruas estreitam tanto, em algumas zonas, que só cabe uma pessoa em cada sentido. E não havia outra maneira de caminhar.
Previa que Veneza não seria aquela calmaria de há alguns anos atrás, no Verão, mas estava longe de imaginar que fosse esta multidão compacta!
Jantámos, de novo, no “Marciana”, com os empregados a brincar, com graça e saudavelmente, com os clientes.
(Continua)
5 comentários:
Continuo a viajar ...Com tanta gente já me custa mais...apertadinha e em bicos de pés para espreitar.
As 1ª máscaras já evidenciam a beleza!
Até ao próximo dia.
Olinda
Veneza!
Boas recordaçoes.
Belas objectivas.
Itália!!!!!!!!!!
olho vivo
Com fotografias destas só falta o cheiro a maresia para nos sentirmos lá...
Olá amigos apreciei muito estas tuas fotos!
Também tenho boas recordações de Veneza!
Sem palavras, para tal qualidade!!!
Lindo e belíssimas fotos a que já estou habituada!
Juju.
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