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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

NEW ZEALAND - NORTH ISLAND

NOVA ZELÂNDIA
ILHA do NORTE
1 a 5 de Março 2010

Desde Queenstown, foi uma hora e quarenta minutos até Wellington, a capital da NZ, na Ilha do Norte, desde 1865. Na altura, do meio de uma rainforest virgem, surgiram as construções de casas e de muitas quintas dos colonos que afluiram em crescendo.
Hoje, a cidade circunda o porto,


Lambton Harbour, protegida pela montanha, com as casas vitorianas encavalitadas nas encostas, parecendo favelas ricas!
Pelo Waterfront,  

de taxi, até ao Holiday Inn, no centro da cidade, fomos apreciando a cidade e o cais.
 

Só quando chegámos ao hotel nos apercebemos de que deveríamos pegar o carro alugado que nos esperava no aeroporto!... De novo de taxi, dirigimo-nos ao aeroporto. Calhou-nos uma condutora maori que não sabia falar a sua língua porque as tias (professoras) a forçavam a aprender. Fartou-se de rir com o que nos aconteceu e tentou resolver o caso porque há uma Hertz na cidade. Mas em vão: o nosso carro é grande e não havia nenhum disponível no centro da cidade. Quando quisemos pagar, não quis receber porque se havia esquecido de ligar o taxímetro. Calculámos a despesa e insistimos no pagamento, ensinando-lhe  a dizer "Adeus!" em português.

O tempo estava muito desagradável, com frio e vento.
Directos à Old St. Paul's,

a igrejinha gótica revivalista que me apaixonou a primeira vez que aqui estivemos, não conseguindo ver o seu belo interior, porque já era uma hora tardia.
Também a vista da cidade a partir do Jardim Botânico,

onde chegámos pelo Cable car,

em Lambton Quay, não teve o mesmo impacto.
O Lady Norwood Rose Garden,

esse, estava lindo, com as roseiras todas em flor.
O Parlamento, com a famosa Colmeia (Beehive)
e a belíssima Parliament Library,

continuam a ficar bem nas fotografias, mesmo tentando evitar a multidão de japoneses que gostam de ficar no "retrato".
Perto, o Old Government Buildings.
A visita relâmpago de Wellington, não podia deixar de passar pelo Te Papa Tongarewa,

o Museu da História e das Gentes, que também estava encerrado.
Fazendo a Oriental Bay com os seus belos edifícios coloniais 

repetimos o restaurante, o "Fisherman's Table".
Peixe, muito bom, e um buffet de saladas, como ainda recordávamos.

As belas fachadas vitorianas
apaixonaram a Joana (como já me tinham apaixonado a mim...) que não se cansou de fotografá-las, mesmo na manhã seguinte, de corrida para o Norte.

Em Woodville,


parámos para um café, tendo, antes, fotografado o Canyon.

Em Napier, na Hawke Bay, no Pacífico, estava um dos pontos mais importantes da Ilha. Por causa de um sismo, em 1931, a maioria dos edifícios da cidade foram destruídos. Na reconstrução, os arquitectos foram obrigados a construir edifícios anti-sismo e adoptaram o estilo Art-deco, na moda na época.
A cidade é reconhecida internacionalmente por esses edifícios de cor pastel, motivos elaborados e linhas direitas.
Aí estão, o Daily Telegraph Building, de 1932,

o Deco Centre, de 1922,

que foi a Central Fire Station e, agora, é museu de Art-deco e loja.
Também o Teatro Municipal,
o Public Trust Building, o Masonic Hotel,
The Dome de 1936,

hoje com o "Starbucks" e o Cryterion Hotel.

Almoçámos num café de um italiano que o Alfredo convenceu de que deveria comprar café de Timor (East Timor) porque é o melhor do Mundo.

Às cinco da tarde, estávamos junto do Lago Taupo, a ver os cisnes negros

no maior lago da NZ de formação vulcânica.

Chegámos a Rotorua ao entardecer e ainda aproveitámos a fantástica luz do fim do dia, nos Governmemt Gardens e fotografar o Museu de Arte e História de Rotorua,


os Blue Baths,

a St. Faith's Anglican Church,

o Tamatekapua com a Meeting House construída em 1873, o portão de entrada da tribo Arawa

e o edifício do Turismo com a sua torre do relógio.
O jantar foi um buffet no hotel (Kingsgate Hotel), muito bom e a bom preço.

Às 9 horas da manhã, o alarme soou no hotel. e uma voz "Evacuate the building!". Pouca sorte! Outra vez?!? A mala estava fechada. Agarrámos nas mochilas prontas e na chave do quarto e batemos à porta do quarto da Joana e do Ricardo. Outra vez, mas desta vez só do 2º piso, descemos as escadas e saímos do edifício. Não era tão aparatoso como em Melbourne, apenas um carro de bombeiros. Os chineses, na maior, arrastavam as malas para os autocarros.
Aproveitámos e fomos tomar o pequeno-almoço ao centro da cidade, onde tudo estava sereno.
A visita à aldeia Wakarewarewa (Wakarewarewatanga O Te Ope Tava A Wahiao, de seu nome completo) foi um pouco diferente da de há 5 anos e meio. Uma guia maori já estava para além do Memorial Archway,

erigido depois da II Guerra Mundial em memória dos maoris que nela participaram.
Atravessámos a ponte (1885) e a visita continuou pelas fumarolas

e as casas pré-europeias.
Nesta aldeia vivem os descendentes das famílias que sobreviveram à erupção da montanha Tarawera em 10 de Junho de 1886. Foi um dos piores desastres da história da NZ. Os fabulosos Pink and White Terraces, a maior e primeira atracção turística da NZ, descrita como a 8ª Maravilha Natural do Mundo, foi destruída, assim como as habitações das tribos que viviam nas proximidade.
As nascentes de água quente, proliferam. No Rahui,
as pessoas cozinham e tomam banho. Korotiotio
é o lugar onde as nascentes vêm com mais calor à superfície.
De uma plataforma podemos ver os geysers mais activos da NZ,
entre eles o Pohotu, cuja altura varia entre 10-40 metros.
Wahiao Wharetipuna,
é a Meeting House em que a parte de cima representa a cabeça, as janelas são os olhos, as pernas e os braços são as colunas em carving wood e a parte central representa a coluna vertebral. Nas esculturas,

as cores também têm significado: o vermelho é sangue, o preto é espírito e o verde é Natureza.

No espectáculo, desta feita ao ar livre, porque é Verão, reconhecemos a Marion
e o Noel.

Eles já não vivem aqui, mas continuam a participar nos espectáculos para manter as tradições maori. Mas residem aqui 25 famílias que mantêm viva a história.
A exibição conta histórias de amor

e cenas de intimidação,
com os olhos rolados, língua de fora (as mulheres nunca o fazem...) e boas palmadas nas coxas, braços e peito (os homens).
Trinta quilómetros abaixo de Rotorua, fica o Wai-O-Tapu Thermal Wonderland
e voltámos a encantar-nos com a Piscina de Champanhe,

a Paleta dos Pintores
com as suas variadas cores devidas aos diferentes sais que as águas quentes contêm, a Casa do Diabo

e o sulfuroso Banho do Diabo,
uma grande cratera com sais ferrosos e sulfúricos que muda de cor, do amarelo ao verde, conforme a incidência da luz.
Ainda fomos ver as Piscinas de Lama (Mud Pools),
no Parque Florestal de Wai-O-Tapu.
Regressámos a Rotorua
para a fotografar com mais luz e seguimos para Katikati,
a cidade dos murais e da arte na rua.


Às 20 horas chegámos a Auckland.
Bem instalados no "The Langham", pedimos para nos reservarem um restaurante que estivesse aberto fora de horas. No "Kermadec", no cais, comemos linguado e uma entrada do tipo "gaspacho", com os cumprimentos do chef e pão molhado em azeite do bom!
Auckland fica entre dois portos e 48 cones de vulcões. É conhecida pela Cidade dos Marinheiros.
O Waitamata Harbour transborda de iates.

A descoberta da cidade da cidade foi feita no dia seguinte, não muito cedo, para poder descansar da longa jornada anterior.

O Auckland Domain
é o parque mais antigo da cidade. Visitámos os Winter Gardens


e o War Memorial Museum.

No Albert Park, o relógio floral, eléctrico, é de 1953, comemorando a primeira visita da rainha Isabel II à NZ. O coreto é de 1901.

Faz parte da Universidade, bem como o Old Government House,
que foi a primeira mansão em madeira. Foi aí que parámos para um refresco nos confortáveis sofás de uma das suas belas salas.
Depois, foi a Princess St.,
a pé, no Heritage Trail, para fotografar as casas vitorianas de comerciantes, agora pertença da Universidade e, outra vez, o Old Art Clock Tower Building.
A Sky Tower, ícone de Auckland, foi a visita seguinte, onde presenciámos a loucura do elástico,
com três japonesas projectadas a uma velocidade de mais de 200 quilómetros/hora a uma altura de 60 metros!... É o bungyride.
Subimos ao skydeck a 220 metros,
para observar a cidade lá do alto.
A 194 metros,
havia caminhantes (skywalk) e quem descesse até ao solo (skyjump)!
Em Parnell, a leste da cidade, encantámo-nos com o charme das casas antigas.

A 43 quilómetros, fica Puhoi, onde em 1860 se estabeleceram colonos da República Checa e é, hoje, uma espécie de lugar-museu, com igreja de St. Peter

e St. Paul, de 1881, algumas casinhas simples e muito bonitas
e um grande café/restaurante... e o rio.
Fizemos a bela Hibiscus Coast 
e regressámos a Auckland, que nos aparece, à esquerda, como um bilhete postal.

Em Ponsonby, a oeste, proliferam as villas antigas muito bem restauradas.

Circulámos pelo cais, fotografámos o belo Ferry Building
e jantámos por ali.

Na manhã seguinte, resolvemos deixar o carro e apanhar o shutle do hotel.
Fotografámos novamente Edifício Ferry,
o Britomart Transport Centre,
a Customs House. Aí, cada vez que os semáforos das quatro passadeiras de peões ficavam verdes e as pessoas se cruzavam em todas as direcções, um homem com traços orientais, parava no meio, a gritar e com um cartaz
"Messiah has come"!
De carro, depois de regressar ao hotel no shutle, rumámos a Tamaki Road e almoçámos na praia, em Mission Bay.
 

Passeámos de carro pela St. Heliers Bay,
com as casinhas na encosta e rumámos ao aeroporto.

Adeus Nova Zelândia! Pela segunda vez nos deixa uma certa nostalgia e uma grande vontade de retornar!!!

5 Março 2010
****



























19 comentários:

Odete Tavares disse...

Lindissimo!!!!!!!!!!!!
Aquela coisa de "Evacuate the building" é que não vem nada a calhar... livra!
E agora? Que vão fazer? Ficar por cá? É que voçês já não são "de Portugal"... são "do Mundo" ha ha!

Beijinhos para si e para a Daisy!
Odete

Anónimo disse...

Obrigado!
Abraço e um beijo para a Daisy.
José Leitão

Emiliana Brandão disse...

ADOREI!!!! ;))))

Heleny Marques disse...

Muito bonito Alf..obrigado por partilhares estas lindas imagens.

olinda disse...

As casas vitorianas e senhoriais
são de uma beleza que me encanta.
Nunca tinha visto tantas!
A bela viagem que nos mostram
através das boas fotografias e dos
pormenores escritos, fizeram que
saboreasse com muito prazer esta
viagem..."quase"como tivesse sido o
5ª pessoa portuguesa do grupo.
Beijinho e continuem!
Olinda

lili disse...

Olá meus Amigos:
Como sempre venho agradecer mais esta viagem.A Daisy descreve tudo tão bem e as fotos são tão magnificas que só tenho uma palavra ADOREI.
Tudo é maravilhoso até as peripécias são descritas de tal forma que nos encantam. Gostei sobretudo da última parte da viagem pois era desconhecida para mim.Continuem sempre com estas viagens e que nunca vos falte ânimo e força para descobrir o Mundo desconhecido e vão partilhando sempre porque nós ficamos muito gratos.
Um abraço e um beijo
LILI e JOÃO

celeste maria disse...

Vejam só que eu ainda me lembro da Marion e do Noel!
Mais uma lição de geografia e de história!
Lindas imagens!
O cisne negro, as rosas, o casario, as montanhas...

Daisy e Alfredo, espero as próximas.

Rui Pato disse...

Que magnífica viagem que me ofereceram nesta sexta feira triste e chuvosa

DOM RAFAEL O CASTELÃO disse...

Apreciei as imagens que nos transmitiram de mais esta vossa viagem!
Sempre fiquei a conhecer através da imagem outras paragens, que para mim são miragens!
Um abraço

Maria Helena disse...

Meus queridos amigos
Não há palavras para vos dizer quanto gostei não só da beleza como da
estética de quem fotografou ... são flores de silêncio que nos
oferecm...
obrigada
um abraço lena

cota13 disse...

Obrigado Alfredo.
Um Abraço.
Tonito.

Marinela St Aubyn disse...

Assino por baixo de todos os comentários anteriores. Que ideia tão interessante partilhar as peripécias e fotos do passeio num blogue com os amigos!!

Anónimo disse...

Simplesmente...fantástico.
Grande abraço.

Luís e Fátinha

Ana Isabel disse...

Que bela reportagem! Também fiquei cheia de vontade de voltar à NZ! Muitos parabéns à dupla de viajantes e artistas (em acumulação de funções)!

De Rotorua só conheço uma (bela!) máscara facial de lama comprada em saldos numa loja turística de Wellington. Infelizmente não tive tempo de lá ir... fica para a próxima! E adorei Auckland!

Onde é a vossa próxima viagem? Beijinhos grandes, Ana Isabel

PS - O Nick também gostou muito, mas como bom australiano que é, recusa-se a elogiar qualquer coisa relacionada com terras kiwis... ;)

Carlos Viana disse...

Confesso-me derrotado.
Desta vez não consigo encontrar nada para criticar, para fazer má língua, como é meu hábito e apanágio...

Daisy e Alfredo, apaixonados pelo conhecimento de outras gentes e outras paragens, apaixonados pela fotografia mas, também, apaixonados pelos amigos que presenteiam com esta muito bela reportagem da experiência vivida.
Obrigado, beijos e abraços.

Saint-Clair Mello disse...

Texto gostoso e fotos belíssimas. Seu blog é um charme só. Parabéns!

Rui Felício disse...

Mais uma viagem que o casal Moreirinhas nos proporciona com a habitual qualidade narrativa e fotográfica.
Como é meu hábito, selecciono a fotografia de que mais gostei. A do banho sulfuroso do Diabo...

abilio disse...

Este vosso post é como aquela guloseima que para ser apreciada o deve ser de forma atenta e lenta.

Nesta interessante e bela reportagem fazem com que vos tivesse acompanhado a pare e passo por essas paragens que nem de nome são conhecidas.

NZ fica para lá dos meus pés, nos antípodas, e só isso é um impedimento de monta.
Agradeço a partilha que fazem e a oportunidade de vermos como é esse outro mundo diferente e belo.

Abílio

Maria Julia disse...



Como já tive oportunidade de constatar convosco, telefónicamente, não sei, que andaria a
fazer, na altura desta vossa viagem a NZ, que também adoraria conhecer...
Adorei os belos Monumentos e Museus, os lagos (o grande dos cisnes negros), os banhos,
os
Geisers, os rios, as praias (vi duas)...a Hibiscus Coast e pareceu-me ver outra, que não
recordo o nome (seria a mesma (?), mas gostei, claro e também a Piscina de Champanhe !!!

Gostei mesmo muito, da Cidade Auckland, vista por terra e p'lo ar...

Obrigada, Alf e Daisy, por mais este belo passeio.

Beijinhos.